Recentemente, um grupo de golpistas causou um prejuízo de quase R$ 2 milhões ao aplicar mais de 100 anúncios falsos de vendas de veículos em todo o país. De acordo com informações da polícia, os suspeitos são conhecidos por realizar o chamado golpe do “falso intermediário”. A prática consiste em enganar tanto o vendedor quanto o comprador, convencendo ambos a se encontrarem e avaliarem o produto sem discutir valores, enquanto o golpista atua como um intermediário.
Uma mega operação foi desencadeada para investigar o grupo suspeito de estelionato e lavagem de dinheiro, visando coibir essas práticas fraudulentas. Segundo o delegado responsável pelo caso, os valores e bens apreendidos durante a operação poderão ser utilizados para ressarcir as vítimas do golpe. A ação policial, batizada de “Broker Phanthom”, ocorreu simultaneamente em diferentes estados brasileiros e resultou no bloqueio de 1.776 contas bancárias e no sequestro de mais de R$ 600 mil em bens dos suspeitos.
Durante a operação, 77 suspeitos foram presos nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Santa Catarina, sendo enquadrados pelos crimes de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O esquema fraudulento dos golpistas consistia em clonar anúncios de terceiros, especialmente de veículos, com valores mais baixos, enganando tanto os vendedores quanto os compradores. A ação criminosa era realizada de forma organizada, com parte dos suspeitos responsáveis por coletar informações sobre os anúncios originais.
Após clonarem os anúncios, os golpistas manipulavam os compradores e os vendedores para que se encontrassem, realizando assim a transação fraudulenta. O comprador transferia o valor acordado para a conta do golpista, acreditando estar negociando com um intermediário. Os valores obtidos eram então repassados para um setor financeiro dos criminosos, responsável por lavar o dinheiro proveniente do golpe.
O delegado responsável pela investigação enfatizou a gravidade do golpe e a importância de coibir esse tipo de prática criminosa. Diante do prejuízo causado às vítimas, a polícia segue empenhada em identificar os demais envolvidos no esquema fraudulento e garantir que sejam responsabilizados na forma da lei. Operações como essa reforçam o compromisso das autoridades em combater a criminalidade e proteger a sociedade contra golpes e fraudes que possam comprometer a segurança e a integridade financeira dos cidadãos.