Última atualização 04/11/2024 | 10:26
Um alarmante golpe envolvendo o medicamento Ozempic, utilizado para tratar diabetes e obesidade, tem deixado várias pessoas doentes após o uso de versões falsificadas. O esquema, que envolve a substituição da medicação original por uma falsa, tem sido cada vez mais comum.
No Rio de Janeiro, a Polícia Civil está investigando um golpe aplicados por criminosos contra pacientes e farmácias. Segundo reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, vendedores teriam trocado canetas de Ozempic por falsificadas, fazendo com que os clientes passassem mal ao fazer a aplicação da maneira incorreta. Uma das vítimas foi internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) após a aplicação.
Para a reportagem, uma das vítimas relatou que estava usando o medicamento há oito meses e que, na última aplicação, precisou ser levada ao médico 15 minutos depois que administrou a dose. Durante exames, foi descoberto que, no lugar da semaglutida, a caneta tinha insulina, que tira a glicose do sangue.
Modus Operandi
Segundo a reportagem, o modus operandi dos golpistas é particularmente engenhoso. Em um dos golpes, um dos criminosos pede a entrega de cinco ou seis canetas da medicação. Quando o entregador chega ao local, ele é abordado pelo “cliente” que está dentro de um carro e alega que está de saída, colocando a sacola dentro do carro.
Enquanto uma pessoa negocia o pagamento dos medicamentos, outra, escondida dentro de um carro, faz a troca da medicação original pela falsa. Em seguida, o golpista finge desistir da compra e devolve o pacote, que agora contém o medicamento falsificado.
Em outros casos, a troca do produto é feito no balcão da farmácia. O ‘cliente’ aparece pedindo pelo medicamento e, quando já está com ele em mãos, pede por mais produtos para distrair o farmacêutico. Quando o vendedor retorna, o golpista já trocou as canetas de medicamento e informar ter desistido da ‘compra’.
A caneta de Ozempic troca em todos os casos aparenta ter um adesivo colocando, informando que o medicamento é ‘novo’. O remédio original possui na embalagem uma cor azul clara e uma arte interna cinza claro, com botão de aplicação também cinza. Já a caneta de insulina tem a cor azul escura e, por dentro, é laranja, tendo a mesma cor no botão de aplicação.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que já ouviu vítimas e testemunhas, e que as investigações estão em andamento.