Press "Enter" to skip to content

Golpistas convocam mulheres e crianças para irem a quarteis em todo país

Última atualização 12/01/2023 | 17:26

Os bolsonaristas extremistas continuam tentando articular a queda do presidente eleito Lula. O grupos está convocando mulheres a irem com criança para quarteis do Exército em todo o País. A ideia seria que elas assinassem um suposto pedido de intervenção militar. Nas prisões feitas após vandalismo nos prédios sede dos Três Poderes, pessoas nessas condições foram liberadas por motivos humanitários. Haveria garantia de que os militares abriram as portas para o público feminino. A informação é do site Metrópoles.

 

“Mulherada, façam um esforço. Sei que muitas trabalham. Mas as que não trabalham, fazer um esforço para ir vestido à caráter, verde e amarelo, lá para o quartel. Levar seus filhos. Nós vamos entrar nos quartel a pedido do coronel, eles vão abrir as portas para as mulheres com crianças entrar. Isso é fonte segura. Vão mesmo. Vão mesmo, por favor, por favor, por favor”, afirma ‘Lis.Brasil” em um grupo do Tegram.

 

A convocação ocorre por meio de áudios enviado nesta quarta-feira, 11. Em outra gravação, um homem afirma que o recurso foi o mesmo utilizado em 1964, ano em que aconteceu a intervenção militar no Brasil. O período com restrição de direito e liberdade duraram 21 anos. Nesta semana, Alexandre de Moraes determinou o desmonte de acampamentos de bolsonaristas em todo o País e cancelou grupos de apoiadores do ex-presidente na internet.

 

A Constituição Federal não prevê a hipótese de intervenção militar. O Brasil é um Estado Democrático de Direito, ou seja, os poderes são separados e as Forças Armadas “são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. Assim, Exército, Marinha e Aeronáutica não podem se rebelar contra o comando do chefe do Executivo Federal.

 

No texto constitucional consta apenas a possibilidade de intervenção federal, como ocorreu ainda no domingo pelo presidente Lula sobre o Distrito Federal. Na prática, significa que a União assume alguma competência de um ente da federação. A medida por ser tomada por motivos de segurança, para coibir grave comprometimento da ordem pública, manter a integridade nacional, repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra, garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas Unidades da Federação, prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial e assegurar a observância de princípios constitucionais sensíveis.