Golpistas convocam mulheres e crianças para irem a quarteis em todo país

mulheres

Os bolsonaristas extremistas continuam tentando articular a queda do presidente eleito Lula. O grupos está convocando mulheres a irem com criança para quarteis do Exército em todo o País. A ideia seria que elas assinassem um suposto pedido de intervenção militar. Nas prisões feitas após vandalismo nos prédios sede dos Três Poderes, pessoas nessas condições foram liberadas por motivos humanitários. Haveria garantia de que os militares abriram as portas para o público feminino. A informação é do site Metrópoles.

 

“Mulherada, façam um esforço. Sei que muitas trabalham. Mas as que não trabalham, fazer um esforço para ir vestido à caráter, verde e amarelo, lá para o quartel. Levar seus filhos. Nós vamos entrar nos quartel a pedido do coronel, eles vão abrir as portas para as mulheres com crianças entrar. Isso é fonte segura. Vão mesmo. Vão mesmo, por favor, por favor, por favor”, afirma ‘Lis.Brasil” em um grupo do Tegram.

 

A convocação ocorre por meio de áudios enviado nesta quarta-feira, 11. Em outra gravação, um homem afirma que o recurso foi o mesmo utilizado em 1964, ano em que aconteceu a intervenção militar no Brasil. O período com restrição de direito e liberdade duraram 21 anos. Nesta semana, Alexandre de Moraes determinou o desmonte de acampamentos de bolsonaristas em todo o País e cancelou grupos de apoiadores do ex-presidente na internet.

 

A Constituição Federal não prevê a hipótese de intervenção militar. O Brasil é um Estado Democrático de Direito, ou seja, os poderes são separados e as Forças Armadas “são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. Assim, Exército, Marinha e Aeronáutica não podem se rebelar contra o comando do chefe do Executivo Federal.

 

No texto constitucional consta apenas a possibilidade de intervenção federal, como ocorreu ainda no domingo pelo presidente Lula sobre o Distrito Federal. Na prática, significa que a União assume alguma competência de um ente da federação. A medida por ser tomada por motivos de segurança, para coibir grave comprometimento da ordem pública, manter a integridade nacional, repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra, garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas Unidades da Federação, prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial e assegurar a observância de princípios constitucionais sensíveis.

 

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Jovem é baleada por PRF na BR-040, no RJ, na véspera de Natal

Na véspera de Natal, Juliana Leite Rangel, uma jovem de 26 anos, foi baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-040, em Caxias, na Baixada Fluminense. O incidente ocorreu quando ela se dirigia à casa de parentes em Itaipu, Niterói.

Segundo relatos de seu pai, que também estava no veículo, ele sinalizou para encostar, mas os agentes da PRF iniciaram os disparos e balearam Juliana na nuca.

“Falei para a minha filha: ‘Abaixa, abaixa’. Eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha. Eles já desceram do carro perguntando: ‘Porque você atirou no meu carro?’. Só que nem arma eu tenho, como é que eu atirei em você?”, disse Alexandre.

A vítima foi levada imediatamente ao Hospital Adão Pereira Nunes, sendo submetida a uma cirurgia. Segundo a Prefeitura de Duque de Caxias, seu estado de saúde é considerado gravíssimo. Além dela, o pai também foi baleado na mão esquerda, mas não teve fraturas e recebeu alta na mesma noite do crime.

Deyse Rangel, mãe da vítima, também estava no carro no momento do incidente junto com o outro filho. “A gente viu a polícia e até falou assim: ‘Vamos dar passagem para a polícia. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, começaram a mandar tiro em cima da gente. Foi muito tiro, foi muito tiro”, afirmou Deyse.

A PRF não se pronunciou sobre o caso.

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