Google deve recorrer da decisão da UE após multa de 2,4 bilhões de euros

A Google anunciou nesta terça-feira (27) que “considera apelar” da decisão da Comissão Europeia (CE), que hoje impôs uma multa à empresa de 2,42 bilhões de euros, a maior até esta data contra uma companhia, por abusar da sua posição de domínio como motor de buscas na internet. A informação é da Agência EFE.

“Revisaremos a decisão da Comissão em detalhes enquanto consideramos uma apelação, e esperamos continuar defendendo o nosso caso”, disse em um breve comunicado o vice-presidente e assessor legal geral da Google, Kent Walker.

Walker acrescentou que a empresa está “respeitosamente em desacordo com as conclusões anunciadas hoje” pelo Executivo comunitário.

A CE decidiu multar a Google por considerar que a empresa abusou da sua posição de domínio como motor de buscas na internet, “negando a outras empresas a oportunidade de competir sobre a base de seus méritos e inovação” e, “aos consumidores europeus, uma verdadeira escolha de serviços”, explicou o Executivo.

A multinacional americana defendeu hoje que quando os consumidores compram online, querem encontrar os produtos que buscam “rápida e facilmente” e os anunciantes querem por sua vez “promover os mesmos produtos.”

“Por isso a Google mostra anúncios de compras, conectando os nossos usuários com milhares de anunciantes, grandes e pequenos, de forma que seja útil para ambos”, disse o vice-presidente.

A CE exige agora que a companhia ponha fim à sua conduta em um período de 90 dias, ou caso contrário, a empresa americana enfrentará multas de até 5% do volume médio de negócios diários alcançado pela Alphabet, conglomerado que controla a Google.

Fonte: Agência Brasil

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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