O governador Cláudio Castro e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciaram a criação do Escritório de Combate ao Crime Organizado no Rio de Janeiro. A iniciativa visa a eliminar as barreiras entre os governos estadual e federal, facilitando a integração das ações de combate ao crime. O grupo será liderado pelo secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Cesar Santos, e pelo secretário nacional de Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo. Esta decisão foi tomada após uma reunião entre os entes federativos, e inclui medidas como o recrutamento de peritos criminais da União e o aumento do efetivo da Força Nacional do Rio e da Polícia Rodoviária Federal.
O ministro Ricardo Lewandowski ressaltou a importância do novo escritório para permitir ações ágeis e eficientes no combate ao crime organizado. Ele destacou que em breve serão alcançados resultados positivos por meio dessa iniciativa. O escritório foi formulado a partir da junção temporária de dois departamentos existentes – a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado da União e o Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos do governo estadual – que têm objetivos semelhantes de desarticular facções criminosas e combater o tráfico de drogas e armas.
O governador Castro explicou que a integração dos escritórios existentes visa a combater o crime de forma mais eficiente e sem burocracia. Ele ressaltou a importância da união de esforços entre os diferentes órgãos para enfrentar um problema grave de segurança pública no Rio de Janeiro. A criação do escritório representa um passo significativo para lidar com questões de segurança em níveis nacional e transnacional, posicionando o Rio como epicentro das ações integradas.
Enquanto as autoridades anunciavam a criação do escritório, o Rio vivenciava uma megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha. A operação visava cumprir mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho, resultando em confrontos intensos que deixaram dezenas de mortos. A estratégia envolveu recursos como drones, helicópteros, blindados e veículos de demolição, e foi planejada com base em informações de inteligência coletadas ao longo de 60 dias.
Durante a operação, as polícias do Rio estabeleceram um “muro do Bope” na mata das favelas, como parte da estratégia para conter a ação dos criminosos. A operação resultou em um alto número de prisões e apreensões de armas, representando um grande golpe contra as atividades do Comando Vermelho. As autoridades destacaram a importância de preservar a vida dos moradores durante os confrontos e ressaltaram a complexidade do trabalho de combate ao crime organizado.
Em meio aos desdobramentos da megaoperação, as autoridades locais e federais reforçaram a importância da integração das ações de combate ao crime. O Escritório de Combate ao Crime Organizado representa uma iniciativa crucial nesse sentido, permitindo uma atuação conjunta e eficaz no enfrentamento da criminalidade. O Rio de Janeiro segue em busca de soluções para fortalecer a segurança pública e combater o avanço do crime organizado, visando garantir a tranquilidade e a proteção dos cidadãos.




