No Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) reiterou nesta segunda-feira (16) sua posição de que a greve dos professores da rede pública é ilegal. Em uma assembleia, a categoria decidiu manter a paralisação iniciada em 2 de junho. O governador não quis comentar mais sobre o assunto e evitou falar sobre o incidente envolvendo o uso de spray de pimenta pela Polícia Militar do DF contra os grevistas.
Na semana anterior, Ibaneis anunciou publicamente que iria cortar o ponto dos professores em greve e que não haveria reajuste para nenhuma categoria em 2025. Declarou ainda que aguardaria para ver por quanto tempo os professores conseguiriam suportar a paralisação.O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) considerou a greve ilegal e aplicou uma multa diária de R$ 1 milhão ao Sindicato dos Professores (Sinpro). No entanto, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), considerou a multa excessiva e suspendeu a penalidade, mantendo a determinação de encerrar imediatamente a greve e cortar o ponto dos profissionais.
Em uma nova decisão, o TJDFT impôs uma multa adicional de R$ 300 mil ao Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) para cada dia de greve. A acusação de “abusividade” foi mantida, reforçando a ilegalidade da paralisação. Durante a manifestação dos professores na área central de Brasília, a Polícia Militar usou spray de pimenta para conter a entrada na Secretaria de Educação, causando confrontos e incidentes.
Segundo a Secretaria de Educação do DF, 102 das 713 escolas públicas aderiram completamente à paralisação, enquanto as demais operam parcialmente com a adesão de alguns servidores ao movimento. Os professores da rede pública local reivindicam um reajuste salarial de 19,8%, bem como melhorias nas condições de trabalho e progressão na carreira com base em qualificações.
Os docentes pedem ainda a possibilidade de utilização do tempo de serviço por professores contratados temporariamente quando efetivados, ampliação do percentual de aumento a cada mudança de padrão, e valorização da progressão horizontal com base na especialização, mestrado e doutorado. É uma situação que continua a desafiar as autoridades e a categoria, numa luta por reconhecimento e valorização.Para se manter atualizado sobre mais notícias da região de Brasília, continue acompanhando o DE, seu portal de notícias local.