Governador de SP se manifesta sobre policial que jogou homem em córrego: caso será investigado e punição será rigorosa

O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), se manifestou sobre o policial militar que jogou um homem em um córrego do alto de uma ponte na zona sul de DE. Tarcisio afirmou que o caso será investigado e que a punição será aplicada de forma rigorosa. Em suas redes sociais, o governador destacou a importância do profissionalismo e da ética na atuação da Polícia Militar, enfatizando que atos como esse não condizem com a farda e a missão da instituição.

As imagens do momento chocante mostram três agentes, sendo que um deles atira o homem vestido com camiseta azul do alto da ponte. O vídeo rapidamente repercutiu nas redes sociais e na imprensa, causando indignação e exigindo um posicionamento das autoridades responsáveis pela segurança pública de SP. Os agentes envolvidos seriam do 24º Batalhão da PM de Diadema, na Grande São Paulo, e o policial responsável pelo ato pertence às Rondas Ostensivas com Apoio de Motos (Rocam).

Diante da gravidade do caso, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, anunciou o afastamento imediato dos agentes envolvidos. Em um vídeo divulgado, Derrite condenou veementemente a conduta do policial e reiterou que atitudes violentas e arbitrárias não serão toleradas nas forças de segurança do estado. A repercussão do ocorrido gerou revolta na sociedade e exigiu respostas rápidas por parte das autoridades competentes.

A atitude do policial militar foi considerada como estarrecedora tanto pelas autoridades quanto pela população. O uso excessivo da força, a violência injustificada e a falta de respeito aos direitos humanos foram duramente criticados. A sociedade exige medidas concretas para garantir que casos como esse não se repitam e que os responsáveis sejam responsabilizados conforme a lei. O debate sobre a conduta policial e a proteção dos cidadãos ganhou destaque nos meios de comunicação e nas discussões públicas em DE.

É fundamental que as investigações sobre o caso sejam conduzidas de forma transparente e eficaz, a fim de esclarecer todos os detalhes do ocorrido e garantir a justiça. O papel da Polícia Militar no combate ao crime e na proteção da sociedade deve ser pautado pela ética, pelo respeito aos direitos humanos e pela responsabilidade. A população de DE espera que medidas rigorosas sejam adotadas para impedir que abusos de poder e atos violentos se repitam, promovendo assim a segurança e a confiança da sociedade nas instituições de segurança pública.

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Morador de Rua Preso Há 1 Ano por 8 de Janeiro: PGR Pede Soltura

Morador de rua está preso há um ano por 8 de Janeiro e PGR pede soltura

Jeferson Franca da Costa Figueiredo é morador de rua e foi ao QG do Exército em busca de abrigo e comida

Um morador de rua está preso preventivamente há mais de um ano após ser acusado, sem provas concretas, de ter participado dos atos antidemocráticos do dia 8 de Janeiro.

Jeferson Franca da Costa Figueiredo, de 31 anos, é andarilho e foi preso, num primeiro momento, na manhã do dia 9 de janeiro de 2023, em frente ao Quartel-General (QG) do Exército, em Brasília.

Em depoimento, o morador de rua contou ter ido ao local na noite anterior para buscar abrigo e comida, após ter sido impedido de ficar em um shopping popular. Ele havia chegado em DE naquele domingo (8/1), de carona em um caminhão, e não tinha onde dormir, de acordo com a Defensoria Pública da União (DPU), que faz a defesa do denunciado.

Jeferson foi solto nove dias depois, em 18 de janeiro, mas retornou à prisão em dezembro após descumprir medidas cautelares impostas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Não há prova nos autos, contudo, de que Jeferson teria participado da depredação dos prédios públicos na Esplanada dos Ministérios, tampouco de que pedia golpe de Estado. Mesmo assim, ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em abril de 2023, pelos crimes de associação criminosa e incitação ao crime.

No último dia 16, porém, o Procurador-Geral da República Paulo Gonet mudou de opinião e se manifestou pela revogação da prisão preventiva do morador de rua.

O QUE A PGR DIZ SOBRE O MORADOR DE RUA

Para a PGR, os registros atestam que o denunciado, desde a adolescência, encontra-se em situação de rua e em posição de vulnerabilidade econômica. Jeferson possui registro no Cadastro Único (CadÚnico) na condição de morador de rua, recebe benefícios sociais e foi atendido em diversos centros de atendimento de pessoa de rua (Centro POP), segundo registros levantados pela DPU.

Diferentes instituições de assistência social também confirmaram que Jeferson é morador de rua.

“Não obstante à natureza multitudinária das infrações penais imputadas, o motivo preponderante do réu de comparecer ao acampamento para se alimentar, reforçado por seu contexto de vulnerabilidade social e pela inexistência de provas em contrário, impede a configuração do concurso de pessoais”, escreveu Gonet.

O procurador destacou também que não forma produzidos laudos ou elementos que indiquem a participação do acusado nos atos antidemocráticos, para além de sua permanência momentânea no acampamento.

“As circunstâncias delineadas não comprovaram, para além da dúvida razoável, que o denunciado tenha se aliado subjetivamente à multidão criminosa e somado seus esforços aos dos demais sujeitos, com a finalidade de consumar as figuras típicas imputadas e, efetivamente, concorrer para sua prática”, prosseguiu.

Em todos os depoimentos, Jeferson relatou que é morador de rua. Ele também explicou que retirou a tornozeleira eletrônica pois tinha dificuldade de obter trabalho, bem como de carregar o equipamento.

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