Governador do estado de Goiás Ronaldo Caiado afirma: “Não vou trocar saúde por votos”

O governador do estado de Goiás Ronaldo Caiado (DEM) fez uma coletiva pela manhã com o objetivo de anunciar novas medidas para conter o avanço da pandemia no estado. O evento contou com falas contundentes do vice governador Lincon Tejota, o prefeito de Goianira, Carlos Alberto e da primeira dama Gracinha Caiado.

O prefeito de Goianira, Carlos Alberto ressaltou que o momento em que estamos vivendo não é político e sim de saúde. Antônio Flávio, Procurador Geral do Município se emocionou e disse estar sobrecarregado, pedindo a compreensão de toda a população frente aos protestos que vêm acontecendo.

Mapa dessa semana / Divulgação: Secretaria Estadual de Saúde Goiás Vermelho

No mapa divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde é possível ver a maioria das regiões em vermelho que é considerado situação de calamidade. A zona em laranja é crítica.

 

Caiado relembrou o  início da pandemia, onde há exatamente um ano estavam todos em coletiva no mesmo lugar, Palácio das Esmeraldas, anunciando as primeiras medidas de isolamento social. Mostrou um levantamento desde abril do ano passado até hoje e afirmou “Estamos numa curva crescente, não está estabilizado e talvez esse momento seja o mais grave”.

Relacionou a primeira onda com a atual, onde de acordo com ele, tínhamos menos estrutura e salvamos mais vidas, ao contrário de hoje que temos uma estrutura maior e, no entanto, menor adesão da população com as medidas de isolamento social.

Quanto aos protestos, afirmou: “Quem está matando é o vírus”, nomeando como insanidade quem realiza os protestos. Nesse contexto, relembrou a última manifestação onde um carro que transportava oxigênio ficou travado. Condenou quem adota regras próprias e afirmou que sua responsabilidade é com a vida e a população de Goiás, “Não vou trocar de maneira alguma vida por voto”, disse.

Após o anúncio das medidas, fez um apelo para que a sociedade se conscientize quanto as medidas restritivas e desabafou: “Pandemia deveria servir para humanizar nossas relações”. Além disso, atualizou o cenário de vacinação, onde estamos ainda longe de chegar ao patamar da população com 60 anos.

O evento foi transmitido pelo Instagram do governador e pelo YouTube do Jornal Diário do Estado.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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