Governador do Maranhão diz que Bolsonaro é serial killer

Governador do Maranhão, Flavio Dino esteve ontem no programa “Bom pra todos” da TVT, e durante a entrevista falou sobre os crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro. Nas suas colocações, Dino afirmou que Bolsonaro “é um serial killer“. “Ele pega os tipos penais da Lei 1.079 e percorre ‘com maestria’”, afirmou.

O governador analisou o desempenho do presidente em relação a pandemia da Covid-19 e disse que o mandato dele deveria ser interrompido, para parar “ciclo de danos” promovidos contra o Brasil.  “Nenhum governante do planeta agiu tão mal, diante da pandemia do novo coronavírus, nem pode ficar impune em razão de um desempenho tão desastrado e intencional”, completou Dino.

Dino ainda fez piada com a perseguição de Bolsonaro aos governadores do nordeste: “Ser perseguido pelo Bolsonaro é uma honraria para mim. É um selo de qualidade. Vou colocar até no meu currículo Lattes“. Ele ainda citou as dificuldades impostas pelo presidente no combate ao coronavírus, e disse que se não fosse a ação dos governadores o país já teria chegado a um milhão de mortos:

“Porque aí mesmo que não teria política sanitária alguma, nenhuma. Porque a ampliação de leitos, a busca de medicamentos, insumos, respiradores, máscaras, de luvas, agora de vacinas, sempre teve pressão dos governadores”, explicou Dino.

Por fim, o governador afirmou esperar que tudo seja levado em consideração na CPI da Covid. E disse que não se importa que a CPI também investigue os estados, pois “quem não deve, não teme“.

 

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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