Governadores de direita planejam encontro em Brasília com Hugo Motta

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Governadores de direita que estiveram no Rio de Janeiro para apoiar Cláudio Castro após operação policial nos Complexos do Alemão e da Penha estão organizando um encontro em Brasília com o presidente da Câmara, Hugo Motta. O objetivo principal é pressionar pela evolução da agenda de segurança pública no país. O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), está coordenando o grupo, que pretende realizar a reunião na próxima semana, apesar dos possíveis conflitos de agenda devido aos eventos da COP30.

Os governadores planejam aproveitar a aprovação da operação no Rio pela população, atestada por diversas pesquisas, para influenciar Hugo Motta e apresentar uma proposta semelhante a uma PEC da Segurança da direita. Além do presidente da Câmara, a reunião deverá contar com os relatores da PEC da Segurança Pública, Mendonça Filho (União-PE), e com o Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), que deverá se licenciar do cargo para relatar o PL Antiterrorismo, projeto que equipara facções criminosas a organizações terroristas. A assessoria de Hugo Motta ainda não confirmou a reunião planejada.

Um dos governadores, sob condição de anonimato, explicou o propósito do encontro: “É a próxima etapa do consórcio da paz (denominação adotada pelo grupo). Vamos intensificar a luta contra as facções criminosas, alterar aspectos da PEC da Segurança Pública e incluir no PL Antiterrorismo a garantia da autonomia dos estados, retirando a pretensão da União de supervisionar as polícias. Outras ideias em pauta são a revisão da audiência de custódia. A conjuntura mudou. Contamos com uma maioria capaz de aprovar leis e reverter vetos.” Participaram da reunião no Rio os governadores Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União-GO), Eduardo Riedel (PP-MS), Jorginho Melo (PL-SC) e a vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), enquanto Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) se juntou por videoconferência.

A direita retoma a agenda com foco em 2026, colocando Hugo Motta em uma posição delicada ao tentar equilibrar-se entre governo e oposição.

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