Governistas admitem CPMI do INSS e articulam por relatoria
A base governista, anteriormente relutante, agora está dando apoio à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Instituto Nacional do Seguro Social (CPMI do INSS), visando investigar as fraudes contra aposentados e pensionistas. Parlamentares estão mudando sua estratégia e anunciando que assinarão o requerimento para a instalação do colegiado.
O objetivo dos governistas é competir pelos principais papéis na comissão, como a relatoria e a presidência. Senadores do PT afirmam que a definição dos cargos deve seguir a correlação de forças e critérios de proporcionalidade.
O nome da deputada Tábata Amaral (PSB-SP) está sendo sugerido para a relatoria, já que foi uma das seis integrantes do PSB a assinar o pedido junto a legendas da oposição. Por outro lado, os bolsonaristas buscam emplacar a deputada Coronel Fernanda (PL-MT) na presidência, juntamente com a senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
Durante o depoimento do ministro da previdência, Wolney Queiroz (PDT-PE), senadores do PT e do governo sinalizaram que poderiam assinar o pedido de CPMI. O próprio ministro também defendeu a instalação do colegiado.
A criação da CPMI depende da leitura de um requerimento pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em uma sessão do Congresso Nacional. A próxima sessão está agendada para o dia 27 de maio.
Petistas pretendem utilizar a CPMI para apontar a responsabilidade do governo Bolsonaro nas fraudes, enquanto os bolsonaristas buscam desgastar o governo Lula diante do que consideram omissão diante dos descontos feitos por associações nas folhas dos aposentados. Ambos os lados estão movendo suas peças em busca de vantagem política.