Governo abre inscrições para o programa Bolsa Universitária

Começam nesta quinta-feira (16) as inscrições para dez mil bolsas universitárias da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG). Os estudantes podem se inscrever pelo site do órgão até o próximo dia 24. Para participar da seleção, os candidatos devem ter renda bruta familiar de até seis salários mínimos, residirem no estado e estarem matriculados em instituições particulares de ensino no estado.

De acordo com o edital publicado pela OVG, 9 mil bolsas serão parciais e mil custearão o valor integral da mensalidade. Para concorrer à bolsa integral, a renda familiar do estudante não pode ultrapassar o valor de 3 salários mínimos.

Para se inscrever no programa o estudante deve preencher o formulário de inscrição no site da OVG, salvar e imprimir o documento. No próximo dia 9 de março 20 mil alunos pré-selecionados serão convocados pela internet para entregar os documentos na sede da instituição e, posteriormente, a participar de uma entrevista.

O beneficiário selecionado para receber bolsa parcial recebe, inicialmente 80% do valor da mensalidade, limitado a até R$ 300. Nos semestres seguintes o valor do benefício pode aumentar ou diminuir, de acordo com a nota do estudante no curso.

O aluno com média de notas até 6,9 recebe uma bolsa de até R$ 300 reais; recebem até R$ 400 estudantes com nota entre 7 e 8,4 e até R$ 500 para quem possui média acima de 8,5.
Os classificados no programa serão divulgados no dia 20 de junho deste ano. Eventuais recursos poderão ser interpostos entre o dia 21 e 25 de junho pelo site da OVG. O resultado final será publicado no portal no dia 30.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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