O Governo de Goiás tem dedicado atenção especial às pessoas com insuficiência renal que necessitam de atendimento especializado na área de nefrologia. Desde 2019, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) trabalha na ampliação da rede de Terapia Renal Substitutiva (TRS), com o objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes.
Os dados da SES revelam que existem 4,9 mil pacientes renais crônicos em tratamento de hemodiálise pelo SUS, em Goiás. A coordenadora de Nefrologia da Superintendência de Políticas de Atenção Integral à Saúde da SES, Hélia Alves, destaca que o Estado visa oferecer um atendimento integral, incluindo a prevenção, o tratamento conservador e especializado, e o transplante.
Até meados de 2019, havia, em todo o estado, 32 serviços de hemodiálise habilitados no Sistema Único de Saúde (SUS), dos quais 97% eram de unidades particulares sob gestões municipais. Apenas 3% estavam sob gestão estadual. A secretaria ampliou em mais quatro unidades a rede de TRS, elevando para 36 o número de estabelecimentos com terapia renal substitutiva em Goiás.
Os quatro novos serviços de nefrologia estão instalados nas policlínicas estaduais de Formosa, Posse, Quirinópolis e Goianésia. Além de garantir a maior oferta de tratamento às pessoas que sofrem de insuficiência renal, a instalação desses serviços permite que os pacientes façam hemodiálise em locais próximos das suas regiões de saúde, sem passar pelo desgaste de grandes deslocamentos.
O aposentado Claudionor Ferreira de Souza, por exemplo, comemora o fato de fazer as sessões de hemodiálise na Policlínica de Formosa, cidade onde mora. Ele depende desse procedimento há 17 anos e fazia, três vezes por semana, uma viagem de 239 quilômetros de Formosa a Posse para realizar a hemodiálise.
“As coisas melhoraram muito. Além do cansaço da viagem, a gente enfrentava o risco de acidentes na estrada”, sublinha.
EXPANSÃO DO SERVIÇO
O Governo de Goiás vai expandir ainda mais a oferta de serviços para os pacientes com problemas renais. A partir de agosto, as policlínicas de Goianésia e Posse vão disponibilizar também a diálise peritoneal, modalidade menos invasiva ao tratamento dialítico.
A instalação desses serviços vai descentralizar a assistência, hoje ofertada ao paciente SUS exclusivamente pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG).