Governo anuncia venda do Palácio Capanema, edifício histórico no Rio

Conhecido como um marco da arquitetura moderna, o Palácio Capanema, no Centro do Rio Janeiro, foi listado como um dos dois mil imóveis que podem ser colocados a venda em um feirão do Governo Federal. O anúncio foi feito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

O palácio tem 16 andares e já foi sede de dois ministério enquanto o Rio era a capital federal: o da Educação e da Saúde Pública.

A mansão é considerada um símbolo do modernismo. A fachada é revestida com azulejos de Cândido Portinari e tem jardim de Burle Marx.

O projeto tem assinaturas dos mais importantes arquitetos brasileiros como Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Carlos Leão, Jorge Machado Moreira e etc. O monumento ainda conta com a consultoria de Le Corbusier, mestre francês da arquitetura moderna.

Em 1993, o Museu de Arte Moderna de Nova York considerou o Palácio Capanema com o edifício mais avançado do mundo, em construção.

Além dele, também é incluídos prédios Central e A Noite. Marcelo Calero, ex-ministro da Cultura, criticou a atitude das privatizações.

“Nós não estamos falando de um lugar abandonado, ao contrário. Mais do que isso, estamos falando de um verdadeiro marco civilizatório na História do nosso país. É impensável que o Brasil deixe de contar com um patrimônio dessa natureza. Apenas um governo totalmente dissociado da nossa cultura, um governo que não tem o menor compromisso patriótico pensaria, de fato, em se desfazer de um prédio tão icônico como o Palácio Capanema”, afirma.

Para as entidades, o MEC tem um valor incalculável. Pablo Benetti, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio, diz que a venda seria ilegal porque o prédio é tombado pelo patrimônio histórico e artístico nacional.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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