Governo argentino questiona voos militares entre as Malvinas e o Brasil

O governo da Argentina divulgou nota em que demonstra preocupação com o registro de voos militares do Reino Unido realizados entre as Ilhas Malvinas e o Brasil. O documento foi publicado ontem (1º) no site do Ministério das Relações Exteriores argentino. Segundo a nota, no ano passado, 16 foram realizados pelo menos seis voos militares da Força Aérea Britânica entre aeroportos brasileiros e a base aérea inglesa nas Ilhas Malvinas.

A soberania sobre o território das Malvinas, situadas no extremo sul do Oceano Atlântico em área marítima da Argentina, é disputado entre a Argentina e o Reino Unido há mais de 180 anos. A disputa inclusive motivou, na década de 80, uma guerra entre os dois países que durou mais de dois meses. Atualmente, o arquipélago é administrado pelo governo britânico.

A chancelaria argentina demonstrou preocupação com o caso dos voos militares entre o arquipélago e o Brasil, uma vez que há uma orientação entre os países integrantes do Mercosul de não receber em seus aeroportos aviões militares britânicos que venham das Malvinas, exceto em situações previstas e acordadas pelo bloco.

Segundo o informe argentino, o Brasil respondeu que não tinha conhecimento dos voos e que se comprometeu a consultar o Ministério da Defesa brasileiro sobre esta ocorrência. A embaixada brasileira em Buenos Aires sinalizou à chancelaria argentina que os voos podem estar relacionados a questões humanitárias ou emergências de caráter técnico.

A nota lembra que, em 2015, houve registro de 12 voos britânicos entre o Brasil e as Malvinas e, na ocasião, a resposta brasileira foi similar à deste ano. O Itamaraty informou, por meio da sua assessoria de imprensa, que não vai se manifestar sobre a solicitação do país vizinho.

Fonte: Agência Brasil

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

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