Governo avalia punição ao Telegram por se manifestar contra PL das Fake News

O Telegram pode ser punido por enviar mensagens aos usuários contra a chamada PL das Fake News. O governo federal avalia o tipo de medida a ser adotada por meio da Secretaria Nacional do Consumidor. Há possibilidade de a empresa ser obrigada a publicar uma retificação e pagar multa. Na semana passada, o Google publicou uma mensagem na página principal criticando a proposta afirmando que “a democracia está sob ataque no Brasil” e que “matará a internet moderna”.

 

De acordo com o texto do Telegram encaminhado na tarde desta terça-feira, 09, o projeto de lei eliminará a liberdade de expressão. Eles afirmam que o governo terá poderes de censura sem supervisão judicial prévia. “Para os direitos humanos, esse projeto de lei é uma das legislações mais perigosas já consideradas no Brasil”, postaram. O fim da mensagem inclui a defesa de uma internet e futuro livres e ainda um link com acesso à página da Câmara dos Deputados para os interessados entrarem em contato com os parlamentares e os convencerem a votar contra o texto. 

 

A apreciação do projeto foi adiada após pressão das plataformas digitais, que recebeu 90 emendas e serão avaliadas pelo relator Orlando Silva. A PL 2630/2020 intitulada oficialmente como “Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet” começou a ser distribuído para as comissões da Casa na semana passada. A defesa do texto ganhou mais força por parte do governo federal após uma série de ataques às escolas, em março deste ano, como uma estratégia para coibir a disseminação de ideias sectárias, como as nazistas.  

 

O Telegram causa tensão entre autoridades devido à falta de moderação que permite o cometimento de crimes eleitorais e penais já tipificados e outros ainda sem previsão legal, por isso pode ser banido no País. O risco de proibir o aplicativo exalta os ânimos pelo medo de se tornar um tipo de censura dos meios de comunicação. A possibilidade foi levantada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado, que alegou várias tentativas frustradas de contato com a empresa e a ausência de escritório no Brasil – o aplicativo russo está sediado em Dubai. 

 

Restrições

 

O aplicativo chegou a ser bloqueado no Brasil para tentar obrigar o fundador da ferramenta, Pavel Durov, a conversar com autoridades brasileiras sobre a moderação no mensageiro apesar de o aplicativo alegar permitir a circulação de conteúdos em prol da liberdade de expressão. A proibição do uso vem sendo cogitada pelo governo alemão com o aumento de disseminação de grupos com discurso de ódio e antivacina

 

No cenário brasileiro, o cerne da questão envolvendo o Telegram é a dificuldade em estabelecer o mínimo de diálogo para manter uma parceria contra o espalhamento de notícias falsas e extremismos, a exemplo do que já ocorre com os principais nomes do segmento, como Whatsapp, Facebook e Twitter. O mensageiro tinha presença em 15% dos celulares em 2018 e saltou para 53% dos smartphones no país em 2022, de acordo com o MobileTime e o Opinion Box.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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