Governo Britânico cria ferramenta que expõe diferença salarial entre homens e mulheres

mulheres e homem trabalhando

O Governo Britânico desenvolveu uma ferramenta com o intuito de escancarar a diferença salarial entre homens e mulheres. Além disso, o programa criou uma conta no Twitter com o nome de Gender Pay Gap Bot. De forma automática, a conta seleciona postagens de empresas e corporações que desejaram um feliz Dia Internacional da Mulher, colocando a porcentagem da desigualdade salarial nessas mesmas empresas.

Um recurso para expor a diferença salarial entre homens e mulheres

De acordo com informações da ONU, a brecha salarial entre homens e mulheres no mundo é de 16%. É importante reforçar também que as diferenças podem ser ainda maiores em caso de minorias sociais, como mulheres negras e/ou imigrantes, além de mães. Apesar disso, diversas corporações ao redor do globo postaram homenagens ao Dia Internacional da Mulher, mesmo sendo catalisadores da desigualdade de gênero.

Com o intuito de expor essa problemática, o Governo Britânico agiu e desenvolveu um site oficial contendo informações de todos os empregadores com mais de 250 funcionários no país. Em seguida, a instituição governamental criou uma página no Twitter com um bot. O robô possui a função de “retweetar” todas as postagens de empresas com homenagens ao Dia Internacional da Mulher. Até o fechamento desta matéria, a página já tinha quase 83 mil seguidores.

As postagens, naturalmente, estão todas em inglês, mas seguem uma mesma estrutura. Em uma publicação da empresa de segurança McAfee, por exemplo, a empresa abriu espaço para membros compartilharem como avançarão na inclusão e igualdade de gênero. O Gender Pay Gap Bot expôs que em média, mulheres costumam receber 29,7% a menos de salário no local. No escritório de advocacia Shearman & Sterling, o abismo salarial é de 52%. No vídeo de homenagem, a empresa publicou um vídeo com algumas opiniões de funcionários, com muitos deles ironicamente reforçando a importância da igualdade de gênero.

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Espanha investiga Airbnb em ofensiva contra aluguéis turísticos irregulares

O governo da Espanha abriu uma investigação sobre o Airbnb, acusando a plataforma de não remover milhares de anúncios irregulares que, segundo autoridades e moradores, contribuem para a falta de moradias e a elevação dos preços de aluguel e imóveis no país.

A ação foi divulgada nesta quarta-feira, 18, pelo Airbnb, que confirmou ser alvo de uma investigação conduzida pelo Ministério dos Direitos do Consumidor. O órgão, no entanto, não mencionou o nome da empresa publicamente. Caso seja considerada culpada, a plataforma enfrenta uma multa de até 100 mil euros (cerca de R$ 650 mil) ou um valor equivalente a quatro a seis vezes o lucro gerado pelas práticas consideradas irregulares.

A investigação integra uma ampla campanha da Espanha para limitar o impacto do aluguel turístico em cidades, especialmente em plataformas como Airbnb e Booking.com. Muitos espanhóis atribuem a essas práticas a escassez de moradias, o turismo excessivo e a dificuldade dos moradores locais em pagar aluguéis.

De acordo com o Ministério dos Direitos do Consumidor, a plataforma investigada foi notificada para remover anúncios de imóveis classificados como “publicidade ilegal” devido à ausência de licenças para uso turístico, mas a solicitação não foi atendida, resultando no início de um processo disciplinar.

Defesa do Airbnb

O Airbnb afirmou que orienta os anfitriões a garantir que possuem as permissões necessárias para alugar seus imóveis e seguem as normas locais. A empresa alegou que o governo não forneceu uma lista clara de anúncios fora de conformidade e argumentou que nem todos os proprietários precisam de licença para alugar.

Além disso, a plataforma contestou a autoridade do Ministério para regulamentar aluguéis de curto prazo, citando decisões judiciais, incluindo uma de 2019 do Tribunal de Justiça da União Europeia, que classificou o Airbnb como um “serviço da sociedade da informação”, e não como um agente imobiliário. A empresa declarou ainda que não tem obrigação de monitorar os conteúdos publicados, em conformidade com a Lei de Serviços Digitais.

Regulamentação mais rígida em andamento

O Ministério dos Direitos do Consumidor reforçou que a maioria das regulamentações regionais exige que anúncios de residências turísticas incluam o número da licença, e a ausência dessa informação é considerada publicidade ilegal. O porta-voz do órgão evitou comentar diretamente sobre a investigação, alegando não poder confirmar o nome da plataforma envolvida.

Medidas mais severas contra aluguéis turísticos já foram tomadas em Barcelona. Em junho, o prefeito Jaume Collboni anunciou a proibição total de aluguéis de curto prazo até 2028. A decisão, atualmente contestada por associações de proprietários de imóveis turísticos, foi criticada pelo Airbnb, que alegou favorecer apenas o setor hoteleiro, sem resolver os problemas de turismo excessivo e crise imobiliária.

A repressão aos aluguéis turísticos não se limita à Espanha. Outros países europeus, como Itália e Croácia, também adotaram ações para restringir o crescimento desse tipo de locação.

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