Governo busca apoio da União para alavancar produção de peixes em Goiás

O governador Ronaldo Caiado foi a Brasília, nesta quinta-feira, 13, em busca de apoio federal para ampliação de projetos na área de aquicultura e pesca no estado. O assunto foi tema de reunião com o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, em que foram apresentados os últimos investimentos realizados no setor, com destaque para o incentivo às cooperativas de produção de tilápia em Minaçu, a cerca de 480 quilômetros de Goiânia.

 

“Queremos atender as pessoas mais carentes e as regiões que mais precisam. Vamos desenvolver um grande polo em Minaçu, onde as secretarias da Retomada e de Desenvolvimento Social já estão fazendo um trabalho de preparação“, explicou Caiado, que recebeu sinalização positiva da União. “A partir dessa reunião, muitas parcerias vão se estabelecer para transformar para melhor a vida dos homens e mulheres em Goiás”, ressaltou o ministro.

 

A conversa foi acompanhada ainda pelos secretários César Moura (Retomada) e Lucas Vergílio (Relações Institucionais), além do presidente da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural, e Pesquisa Agropecuária (Emater), Pedro Leonardo.

Apoio para produção de peixes

 

Goiás possui um grupo técnico de trabalho dedicado ao segmento de aquicultura e pesca, ligado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Além de representantes do governo, fazem parte da equipe entidades ligadas à formação, pesquisa, extensão, sanidade, meio ambiente e crédito rural. O objetivo é facilitar o atendimento às demandas dos mais de três mil pescadores que trabalham no estado.

 

Em outra frente, está em implementação um projeto de produção de tilápia em Minaçu, dentro do programa Goiás Social. O município recebeu R$ 1,8 milhão para a estruturação de criadouros em larga escala e frigorífico para beneficiamento de peixe. A expectativa é de que a produção alcance três milhões de toneladas de pescado por ano. “Será um polo não somente na produção, mas também na industrialização de pescado”, finalizou o governador.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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