O governo está considerando a possibilidade de indicar uma mulher para ocupar o cargo de ministro do Desenvolvimento Agrário. O atual ministro da pasta, Paulo Teixeira, tem o aval de Lula, porém auxiliares do Palácio do Planalto não descartam sua substituição por uma mulher com boa relação com os movimentos sociais.
Consultas foram realizadas junto aos movimentos sociais a respeito da indicação de uma mulher para o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O nome de Maria Fernanda Coelho, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, foi mencionado como uma possibilidade.
Maria Fernanda, jornalista e especialista em finanças empresariais e gestão pública, já ocupou o cargo de secretária-executiva na pasta durante o segundo mandato de Dilma Rousseff. Além disso, ela teve passagens pela Secretaria-Geral da Presidência, Programa do Consórcio Nordeste e foi responsável pelo programa habitacional Minha Casa, Minha Vida na Caixa Econômica Federal.
Entre os possíveis cenários de uma reforma ministerial, Maria Fernanda poderia substituir o atual ministro, Paulo Teixeira, com o objetivo de aumentar a representatividade feminina nos ministérios e suavizar as críticas direcionadas à pasta do Desenvolvimento Agrário.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário é alvo de pressões por parte da base eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por ser responsável pelos pequenos agricultores e pela questão da reforma agrária.
Além da possibilidade de ocupar um cargo no primeiro escalão, o nome de Maria Fernanda também foi considerado para a secretaria-executiva da Secretaria de Relações Institucionais, ao lado de Gleisi Hoffmann.
Apesar da pressão dos movimentos sociais, funcionários do ministério acreditam que não há motivos para a saída de Paulo Teixeira, que tem avançado em diversas pautas. Recentemente, o ministro esteve presente em um assentamento do Movimento Sem Terra ao lado de Lula.
Paulo Pimenta, ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, também é cotado para uma possível nova indicação, devido à sua relação com os movimentos sociais e já apareceu como uma aposta para a reforma ministerial.