Governo de Goiás abre 22ª edição do FICA, na Cidade de Goiás

22 edição do festival Fica

Governo de Goiás abre 22ª edição do FICA, na Cidade de Goiás

Foi realizada na noite desta terça-feira (14) no Cine Teatro São Joaquim, na cidade de Goiás, a abertura da 22° edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica 2021). A solenidade contou com a presença do secretário-geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima, que foi representando o governador de Goiás, Ronaldo Caiado.

Os participantes do evento assistiram ao filme “Amazonas, a prática da água”, da mostra Washington Novaes, além de uma apresentação da Orquestra Filarmônica de Goiás em celebração aos 20 anos de conquista do título de patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela cidade de Goiás.

“Quero agradecer e parabenizar todo o esforço que foi feito. Quando há força de vontade, dedicação e trabalho em equipe para que isso se realize, as coisas acontecem mesmo num curto espaço de tempo”, enfatizou Rocha Lima.

Em seu discurso ele lembrou sobre as dificuldades e as críticas enfrentadas pelo festival nos últimos anos por conta da falta de participação de vilaboenses na organização, além da ausência de legado para a cidade. Para o secretário, a parceria com o Sesc/Senac selou uma nova etapa para o Fica.

“O formato dessa parceria que veio com o Sesc e o Senac resgata e resolve esses problemas, tanto no envolvimento da população na realização de todo o conteúdo que vai ser apresentado durante esses dias, mas também em atividades que serão realizadas nos próximos meses como parte daquilo que vai ser objetivado no Fica”, declarou.

O prefeito da cidade de Goiás, Anderson Gouveia, lembrou em seu discurso que: “o Fica é um dos primeiros festivais de cinema ambiental do mundo e um dos mais importantes da história de Goiás. O festival é um patrimônio vilaboense mas também goiano”.

Já o diretor do Sesc e Senac, Leopoldino Veiga Jardim, destacou que o festival foi realizado com muito amor e dedicação por todas as partes responsáveis pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult), e da prefeitura. “Esse trabalho foi feito por muitas mãos e nós conseguimos realizar com muito alegria e satisfação”.

Fica 2021

O evento promovido pelo governo de Goiás, por meio da Secult Goiás, com apoio do Sesc, será realizado até domingo (19), quando será encerrado com um show do músico Renato Teixeira. No total foram investidos cerca de R$1,5 milhão pela gestão estadual e quase R$340 mil pelo Sesc Goiás.

Neste ano de 2021, o evento terá o formato híbrido, as oficinas e mesas de debate serão realizadas de forma presencial, enquanto as mostras cinematográficas e algumas apresentações serão transmitidas pelas plataformas digitais do evento.

Programação do evento

O Fica 2021 terá quatro mostras competitivas, Washington Novaes, Cinema Goiano, Becos da Minha Terra, específica para produtores audiovisuais da cidade de Goiás, e Videoclipes. No total foram selecionados 52 produções, que irão ficar disponíveis on-line durante os seis dias do festival. Além disso, as mostras Washington Novaes e Becos da Minha serão transmitidas no Cine Teatro São Joaquim, a partir desta quarta-feira (15).

Durante toda semana de festival, serão realizados minicursos, mesas de debate, oficinas, laboratórios e palestras internacionais voltadas para o segmento audiovisual e ambiental.

Para quem pretende desfrutar do Fica de forma presencial, os participantes deverão estar vacinados contra a Covid-19. Além disso, outras normas sanitárias, como o uso obrigatório de máscara e distanciamento social, deverão ser seguidas.

Premiações

Os vencedores da mostra Washington Novaes receberão prêmios entre R$30 mil (melhor longa-metragem) e R$10 mil (melhor curta-metragem ou média-metragem). Já a mostra de cinema Goiana, distribuirá prêmios no valor de R$6 mil a R$5 mil Para os ganhadores.

As mostras Becos da Minha Terra e de Videoclipes também terão premiações em valores que variam de R$ 2 mil a R$ 4 mil.

Homenagens

A edição do Fica deste ano, homenageará três personalidades que tiveram um papel importante na criação do festival e no desenvolvimento cultural da cidade de Goiás; Brasilete Caiado, Jaime Sautchuk e Washington Novaes.

Brasilete, falecida em 2003, foi professora universitária, dedicou sua vida à cultura e à promoção da cidade de Goiás e trabalhou intensivamente pelo título de Goiás Patrimônio Cultural da Humanidade, conferido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), no ano de 2001.

Abertura da 22° edição do Fica// foto: reprodução

O jornalista, escritor e ambientalista Jaime Sautchuk, que faleceu em 2020, também foi um dos idealizadores do Fica. Deixou um legado profissional admirável, que contempla vários livros, inúmeras reportagens Brasil afora além do prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos.

O terceiro e último homenageado da edição do festival é o jornalista Washington Novaes, que também faleceu em 2020, Washington Novaes foi consultor ambiental do Fica desde sua primeira edição em 1999 até 2008, também foi responsável por estabelecer a linha do abordagem em relação as questões ambientais, o que  trouxe foco diretrizes ao festival.

Em 2020, Novaes foi condecorado no evento, que agora conta com uma mostra competitiva exclusiva coma temática ambiental, que leva seu nome.

20 da conquista pelo título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade

Na sua 22ª edição, o Fica prestará uma homenagem aos 20 anos da conquista, pela cidade de Goiás, do título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, alcançado por todo o conjunto arquitetônico, paisagístico e urbanístico do local.

A Cidade de Goiás sedia o evento desde sua primeira edição, em 1999, a cidade histórica possui uma admirável riqueza arquitetônica do período colonial, restaurado e conservado com o tempo. A culinária típica da cidade inclui pratos como o arroz com pequi, o empadão goiano, licores, doces cristalizados e os tradicionais alfenins, doces feitos de polvilho e açúcar.

Além disso o artesanato também faz parte da cidade histórica. Peças de cerâmica mantem vivas as tradições artistas herdadas dos antigos índios da região e escravos. Estes símbolos somam as festas tradicionais, de caráter religioso e cultural, como o próprio Fica, que já é uma marca da cidade.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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