Governo de Goiás abre inscrições para cadastro reserva no programa Aprendiz do Futuro

O Governo de Goiás, por meio do Goiás Social e da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), anunciou a abertura de inscrições para o cadastro de reserva no programa Aprendiz do Futuro a partir desta quinta-feira (28/11). O edital completo com todas as informações está disponível no site da Seds (social.go.gov.br) e as inscrições podem ser realizadas no endereço eletrônico , até o dia 30 de dezembro de 2024.

Adolescentes que completem 14 anos em 2024 até 15 anos e 11 meses, em situação de vulnerabilidade econômica e social, podem se inscrever no programa do Goiás Social. É necessário que a família esteja registrada no Cadastro Único, que os jovens sejam estudantes da rede pública ou bolsistas de 100% da rede particular, e que a renda familiar não ultrapasse dois salários mínimos ou meio salário por pessoa.

Esta é uma oportunidade para que adolescentes em situação de vulnerabilidade tenham um primeiro contato com o mercado de trabalho, enquanto têm todo o suporte e apoio para continuarem se dedicando aos estudos, explica a coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado. O programa se destaca por incluir adolescentes de etnias tradicionais, como indígenas, quilombolas, ciganos ou afrodescendentes, além de integrantes de famílias com mulheres vítimas de violência doméstica e pessoas com deficiência, sem limite de idade.

O foco do Aprendiz do Futuro é a tecnologia, o mercado de trabalho, a alta performance e o impacto social na vida dos jovens em situação de vulnerabilidade. Os participantes recebem um salário de R$ 663,39, férias, 13º salário, vale-alimentação de R$ 150, vale-transporte, seguro de vida e uniforme. A carga horária diária é de quatro horas, com um dia da semana dedicado a cursos de formação e reforço nas disciplinas de Matemática e Português, pela plataforma da Renapsi, parceira do programa.

Criado em 2021, o programa já empregou 12 mil jovens, lotados em órgãos públicos nos 246 municípios goianos. O secretário da Seds, Wellington Matos, destaca a relevância do programa: Ele dá condições ao jovem de trabalhar e estudar, oferece formação, incluindo o reforço em disciplinas fundamentais na vida escolar, assegura os direitos trabalhistas, com contratação pela CLT, proporcionando autonomia para os jovens custearem suas necessidades financeiras e até ajudarem suas famílias, entre outras vantagens de um programa tão qualificado.

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PF deflagra ação contra extração de ouro em terras indígenas no Pará

Policiais federais prenderam, nesta quinta-feira, 28, em caráter preventivo, dois servidores públicos e dois empresários suspeitos de participar de uma suposta organização criminosa dedicada a cometer crimes ambientais na região do Tapajós, no oeste do Pará.

Segundo os investigadores, empresários pagavam uma espécie de “mesada” para que os servidores públicos os ajudassem a extrair ouro de garimpos ilegais abertos em terras indígenas e áreas de reserva legal do estado.

“O dinheiro seria para que os servidores públicos facilitassem ou não reprimissem os crimes ambientais cometidos pelas empresas, além de atuarem na logística e segurança do ouro ilegal”, aponta a Superintendência da Polícia Federal no Pará, em nota.

Ao longo da investigação, os agentes federais reuniram indícios de que o ouro que parte dos investigados comercializou foi extraído ilegalmente do interior e do entorno da Terra Indígena Munduruku, uma das áreas da União destinadas ao usufruto exclusivo indígena mais devastadas por atividades ilícitas e que, no momento, é palco de uma operação federal para retirada dos não-indígenas.

Além dos quatro mandados judiciais de prisão, os policiais federais estão cumprindo 21 mandados de busca em Altamira, Itaituba e Santarém, além de Goiânia e Rio de Janeiro. O Poder Judiciário também autorizou o sequestro de bens e a aplicação de medidas cautelares, como o afastamento dos servidores de suas funções públicas. Ao menos oito carros de luxo foram apreendidos, além de joias, telefones celulares e uma quantia em dinheiro e ouro ainda não contabilizada.

Por razões legais, as identidades dos investigados e os órgãos para os quais trabalhavam não foram confirmados até a publicação desta reportagem. Segundo a PF, só um deles recebia R$ 4 mil mensais “para não embaraçar o negócio ilegal”. Outros dividiam R$ 10 mil mensais para se colocarem à disposição da suposta organização criminosa – da qual faz parte um empresário condenado anteriormente por tráfico de drogas, receptação, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação para o tráfico.

A Operação Cobiça, conforme foi batizada a ação deflagrada esta manhã, surgiu da Operação Ganância, que a PF realizou em Rondônia, em 2022, para apurar o desvio de recursos públicos federais na prestação de serviços de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea. Na atual operação, os crimes investigados são: lavagem de dinheiro, usurpação de bens da União e organização criminosa.

 

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