Governo de Goiás abre inscrições de concurso público para Polícia Militar com mais de 1,6 mil vagas

O Governo de Goiás publicou no Diário Oficial desta sexta-feira (08) os editais para realização de concurso público com 1.670 vagas para a Polícia Militar de Goiás. Os salários estão entre R$ 6.353,13 e R$ 13.901,80 e contemplam cargos de cadete, 2º tenente e soldado. É o primeiro dos quatro certames previstos para este ano na área da Segurança Pública.

Para o governador Ronaldo Caiado a valorização do setor é importante para a entrega de um serviço eficiente à população: “Reafirmamos o compromisso de transformar o Estado de Goiás em uma terra tranquila, segura, onde o cidadão se sente protegido”, declarou. “Cada vez mais o povo goiano vai ter orgulho da nossa segurança pública”.

Editais

Os editais lançados hoje visam o preenchimento de 100 vagas para o cargo de cadete, com salário inicial de R$ 8.433,73; 50 vagas para 2º tenente (médico, odontólogo e psicólogo), cujo vencimento é R$ 13.901,80; e traz 1.520 oportunidades para soldado (20 para músico e 1,5 mil para combatente). Neste caso, a remuneração de início de carreira é R$ 6.353,13.

O período de inscrições para o cargo de soldado vai de 29 de abril a 30 de maio, sendo que as provas discursiva e objetiva ocorrem no dia 10 de julho. Já para cadete e 2º tenente, os interessados devem se inscrever de 4 de maio a 6 de junho, com avaliações a serem aplicadas nos dias 17 e 24 de julho.

Além das provas, haverá testes de aptidão física e de habilidade específica; avaliação médica e odontológica; e avaliações psicológica e de vida pregressa. A previsão de publicação do resultado final e consequente nomeação é março de 2023. O Instituto AOCP é o responsável pelo concurso público (www.institutoaocp.org.br).

Mais concursos

Como anunciado no início do ano pelo governador Ronaldo Caiado, o Estado planeja abrir nove concursos públicos ao longo de 2022, com a oferta de quase 9 mil vagas nas mais diversas áreas. Dois certames já estão em andamento – Administração e Infraestrutura – e outros em fase de planejamento – Educação e Meio Ambiente. A Segurança Pública deve lançar outros editais com cerca de 1,7 mil vagas, o que vai somar 3.375 oportunidades neste ano.

Além do certame da Polícia Militar, que abrirá inscrições neste mês, estão previstas 612 vagas para o Corpo de Bombeiros Militar (CBMGO) e, no âmbito da Delegacia-Geral da Polícia Civil (DGPC), 864 oportunidades distribuídas entre delegados, agentes, escrivães e papiloscopistas. Haverá ainda a contratação de auxiliares de autópsia, peritos e médicos legistas para a Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), totalizando 229 vagas.

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Agrodefesa apreende 10 mil embalagens de agrotóxicos armazenadas de forma irregular

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), em parceria com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), deflagrou, na última terça-feira, 17, em Trindade e Paraúna (GO), a Operação Terra Limpa.

A ação resultou na apreensão de mais de 10 mil embalagens vazias de agrotóxicos que estavam armazenadas de forma irregular, em desacordo com legislações ambiental e de defesa agropecuária vigentes.

As embalagens foram encontradas em diferentes estados de processamento — algumas prensadas, outras trituradas —, e estavam em condições inadequadas de armazenamento. Também foi descoberto um caminhão carregado com embalagens vazias.

Os profissionais envolvidos na operação identificaram que os materiais eram triturados para reciclagem, porém a destinação final das embalagens não cumpria as normas legais de devolução de embalagens vazias de agrotóxicos.

Os materiais apreendidos – que totalizaram seis caminhões com produtos – foram enviados para a Associação Goiana de Empresários Revendedores de Produtos Agropecuários (Agerpa), localizada em Goiânia, e para a Associação dos Distribuidores de Produtos Agrícolas de Rio Verde (Adirv) para pesagem e destinação final.

Essas associações são unidades que representam os estabelecimentos comerciais de insumos agrícolas, autorizadas a recepcionar e dar a correta destinação final das embalagens vazias – que passam por tríplice lavagem pelos produtores -, ou ainda daquelas que podem conter resíduos de agrotóxicos.

Segundo a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, os fiscais estaduais agropecuários e os agentes da Polícia Civil apuraram ainda que a intenção do proprietário do estabelecimento era desviar as embalagens para recicladoras clandestinas.

“É importante destacar que o processo legal de reciclagem de embalagens vazias de agrotóxicos é de competência do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). A instituição é responsável pela gestão da política reversa das embalagens vazias de agrotóxicos e nós, da Agrodefesa, estamos inseridos nesse processo como responsáveis por orientar os produtores e fiscalizar o cumprimento da obrigatoriedade legal do correto armazenamento e devolução das embalagens vazias”, informa.

Penalidade

Além da apreensão do material, o responsável pelo estabelecimento foi detido pela Polícia Civil e autuado pelos fiscais da Agrodefesa. De acordo a com legislação federal e estadual de agrotóxicos, a previsão é que esse tipo de infração tenha penalidades administrativa e criminal, com multas que podem chegar a R$ 50 mil, além de pena de reclusão, de dois a quatro anos.

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, reforça que esse tipo de prática de descarte e armazenamento irregular de embalagens de agrotóxicos vazias, além de ser crime, coloca em risco o meio ambiente, a saúde pública e a economia no Estado.

“Pode trazer sérios danos para a população e afetar toda uma cadeia produtiva. Por isso, casos como esses devem ser denunciados aos órgãos competentes para que as medidas de prevenção e repressão sejam tomadas o mais rápido possível”.

Denúncia

A operação foi realizada a partir do trabalho inicial de apuração feito em Paraúna (GO) por fiscais estaduais agropecuários da Unidade Regional Rio Verdão da Agrodefesa. No município, os profissionais identificaram desvios, processamento e envio de embalagens de agrotóxicos para Trindade.

O coordenador da UR Rio Verdão, Giovani Miranda, destaca que a partir disso foi possível a identificação dos receptadores e a localização do galpão em que o processamento clandestino das embalagens acontecia.

“Essas medidas possibilitaram à Delegacia de Crimes Rurais a apreensão de outras quatro cargas nesse mesmo depósito”, informa.

Participaram da ação fiscais estaduais agropecuários das Unidades Rio dos Bois e Rio Verdão, e da Gerência de Fiscalização Agropecuária, sob coordenação da Gerência de Sanidade Vegetal, além de agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR).

Destinação correta de embalagens de agrotóxicos

Em Goiás, são 13 associações credenciadas pelo inpEV, que juntas são responsáveis pela gestão em 27 Unidades de Recolhimento de Embalagens Vazias (UREV), devidamente cadastradas na Agrodefesa, sendo 17 Postos e 10 Centrais, localizadas nos seguintes municípios:

Acreúna, Anápolis, Bom Jesus, Catalão, Ceres, Cristalina, Formosa, Goianésia, Goiânia, Iporá, Itaberaí, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Mineiros, Morrinhos, Paraúna, Piracanjuba, Porangatu, Quirinópolis, Rio Verde, Santa Helena de Goiás, Vianópolis e Vicentinópolis.

Os empresários que utilizam agrotóxicos, ao concluírem a aplicação, devem realizar a tríplice lavagem, armazenamento adequado e a devolução das embalagens vazias, suas tampas e eventuais resíduos pós-consumo dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as instruções previstas nas respectivas bulas, no prazo de até um ano, contado da data de compra, ou da data de vencimento.

A devolução pode ainda ser intermediada por postos ou centrais de recebimento, bem como por ações de recebimento itinerantes, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão competente, nesse caso em Goiás, pela Agrodefesa, com a gestão sob responsabilidade do inpEV junto às suas associações de revendas credenciadas.

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