Governo de Goiás anuncia pacote de medidas para Segurança Pública

Depois da rebelião que deixou 9 mortos, 14 feridos e mais de 100 foragidos da Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, o governador Marconi Perillo chamou a cúpula da Secretaria de Segurança Pública e outros setores do governo para anunciar um pacote de medidas emergenciais. Elas serão tomadas a curto e médio prazos como o anúncio da criação da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária ainda esta semana e as inaugurações dos presídios de Anápolis, Formosa e da casa da Semi-Liberdade, na Chácara do Governador, o que ocorrer até fevereiro.

A reunião aconteceu na manhã desta terça-feira no Palácio das Esmeraldas, onde o governador cobrou celeridade dos trabalhados que estão em andamento.

Marconi também cobrou a aceleração imediata da conclusão das cinco unidades prisionais que estão em andamento (Anápolis, Formosa, Águas Lindas, Planaltina e Novo Gama), o que vai resultar no fortalecimento do Sistema Penitenciário e diminuir as chances de problemas com fugas e rebeliões.

“Estamos aqui para procurar, neste segundo dia do ano, uma resposta definitiva para o problema. Assim como viramos a página da Saúde e estamos resolvendo o problema da Educação e da Segurança. Temos que resolver, e de vez, o sistema penitenciário. Temos que dar solução. Vamos dar celeridade às obras. Estarei à disposição. Podem me acionar a qualquer hora do dia”, afirmou o governador às autoridades presentes à reunião.

O governo do Estado destinou R$ 17 milhões aos novos presídios, R$ 11 milhões para a construção e R$ 6 milhões para os equipamentos. “As novas vagas vão ajudar a diminuir os casos de superlotação. Além disso, vamos investir em penas alternativas. Já há um planejamento para isso, a pena alternativa está voltada para presos de baixa periculosidade. Ou seja, o Estado vai realizar um conjunto de medidas e acelerar outras que já estão em curso”, declarou Marconi, acrescentando que o serviço de inteligência das forças de Segurança evitou outros motins em unidades prisionais do Estado.

Veja abaixo lista de ações determinadas pelo governador Marconi Perillo:

O governador determinou ao secretário Ricardo Balestreri que o anúncio da criação da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária seja feito, no máximo, até a próxima quarta-feira, 04.

Unidades prisionais – Marconi determinou que as inaugurações dos presídios de Anápolis, Formosa e da Casa da Semi-Liberdade, na Chácara do Governador, ocorram em fevereiro. A inauguração do presídio de Águas Lindas até março. As obras dos presídios de Planaltina e Novo Gama já estão em estágio avançado, com 70% concluído. Os equipamentos que serão utilizados nos novos presídios já estão todos em fase de licitação.

Semiaberto – Outra medida é que seja criado um espaço diferenciado para o semi-aberto. Já existem sugestões concretas nesse sentido, que deverão ser apresentadas nos próximos dias.

Outra determinação é de que seja feito o chamamento dos agentes temporários até que se realize concurso público. O objetivo a médio prazo é não ter mais agentes temporários, mas só de carreira.

Concurso e vagas – O concurso também será acelerado e o edital publicado com urgência, a depender apenas da aprovação da nova lei que tramita na Assembleia Legislativa. Em relação ao concurso, o governador pediu ainda um novo cálculo com o número exato de agentes penitenciários, que deverá sofrer mudanças após a criação da nova diretoria.

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Dino dá prazo até as 20h para Câmara esclarecer pagamento de emendas

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino deu prazo até as 20h desta sexta-feira, 27, para a Câmara dos Deputados responder a quatro questionamentos sobre o pagamento de emendas parlamentares. O prazo foi dado pelo ministro após a Câmara pedir a reconsideração da liminar de Dino que suspendeu o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão.

No entendimento do ministro, a Câmara ainda não cumpriu as decisões de Corte que determinaram regras de transparência e rastreabilidade no repasse das emendas. “Assim, caso a Câmara dos Deputados deseje manter ou viabilizar os empenhos das emendas de comissão relativas ao corrente ano, deverá responder objetivamente aos questionamentos acima indicados até as 20h de hoje (dia 27 de dezembro de 2024), bem como juntar as atas comprobatórias da aprovação das indicações (ou especificações) das referidas emendas, caso existam”, decidiu o ministro.

Na decisão, Flávio Dino fez quatro perguntas que deverão ser respondidas pela Casa:

1 – Quando houve a aprovação das especificações ou indicações das emendas de comissão (RP 8) constantes do Ofício nº. 1.4335.458/2024? Todas as 5.449 especificações ou indicações das “emendas de comissão” constantes do ofício foram aprovadas pelas comissões? Existem especificações ou indicações de emendas de comissão que não foram aprovadas pelas comissões? Se não foram aprovadas pelas comissões, quem as aprovou?

2 – O que consta na tabela de especificações ou indicações de emendas de comissão (RP 8) como nova indicação foi formulada por quem? Foi aprovada por qual instância? Os senhores líderes? O presidente da comissão? A comissão?

3. Qual preceito da Resolução nº. 001/2006, do Congresso Nacional, embasa o referido Ofício nº 1.4335.458/2024? Como o Ofício nº. 1.4335.458/2024 se compatibiliza com os artigos 43 e 44 da referida Resolução?

4. Há outro ato normativo que legitima o citado Ofício nº. 1.4335.458/2024? Se existir, qual, em qual artigo e quando publicado?

Entenda

Em dezembro de 2022, o STF entendeu que as emendas chamadas de RP8 e RP9 eram inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou uma resolução que mudou as regras de distribuição de recursos por emendas de relator para cumprir a determinação da Corte.

No entanto, o PSOL, partido que entrou com a ação contra as emendas, apontou que a decisão continuava em descumprimento.

Após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, relatora original da questão, Flávio Dino assumiu a condução do caso.

Em agosto deste ano, Dino determinou a suspensão das emendas e decidiu que os repasses devem seguir critérios de rastreabilidade. O ministro também determinou que a Controladoria-Geral da União (CGU) auditasse os repasses dos parlamentares por meio das emendas do orçamento secreto.

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