Governo de Goiás autoriza implementação do projeto Rede Nascer

A Secretaria de Estado da Saúde de Goias (SES-GO) aprovou, durante a 9ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) de 2024, a implementação do Projeto Rede Nascer em Goias. Este projeto tem como objetivo principal diminuir as taxas de mortalidade materna e infantil no estado, inspirado no programa Mae de Minas.
 
A iniciativa foi elaborada em parceria com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goias (Cosems-GO), o Ministério da Saúde (MS) e o Instituto Fernandes Figueira/Fiocruz. O projeto propõe uma nova metodologia que prioriza o protagonismo das gestantes nas ações de saúde, por meio de um sistema abrangente de monitoramento.
 
“A proposta visa garantir que as mulheres e crianças goianas tenham acesso a um pré-natal de qualidade, suporte durante o período puerperal e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil,” explicou o secretário de Estado da Saúde de Goias, Rasivel Santos.
 
Entre as ações planejadas estão a ampliação da carteira de exames pre-natais, o reforço financeiro para os municípios e a atualização dos Planos de Ação Regionais. O projeto também contempla treinamentos continuos para as equipes responsáveis pelo atendimento materno-infantil, abarcando todos os níveis de atenção em todo o estado.
 
A iniciativa se concentra na assistência desde a gestação até os dois primeiros anos de vida do bebê, reconhecendo os principais fatores de risco de morbimortalidade materna e infantil. Além da Política Estadual de Atenção Integral à Saúde Materno Infantil, diversos materiais (protocolos, cadernetas e notas técnicas) têm sido elaborados com vistas à qualificação da Rede Nascer em Goias.
 
Com essa abordagem diferenciada e inovadora, Goias busca melhorar a assistência às gestantes, garantindo que aquelas com necessidades especiais tenham acesso a cuidados adequados. “O Projeto Rede Nascer representa um passo significativo em direção à equidade na saúde pública materno-infantil do estado,” completou o titular da SES-GO.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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