Governo de Goiás autoriza obras de implantação do Dianot, em Aparecida de Goiânia

Representando o governador Ronaldo Caiado, o vice-governador Daniel Vilela assinou nesta segunda-feira (22/04) as ordens de serviço para início das obras de construção do Distrito Agroindustrial de Aparecida de Goiânia Norberto Teixeira (Dianot). Também participaram da assinatura dos contratos o presidente da Codego, Francisco Jr, o secretário de Estado da Infraestrutura, Pedro Sales, e o secretário de Indústria e Comércio, Joel San’Anna, além do prefeito Vilmar Mariano.

Daniel Vilela apontou que, graças a uma política fiscal responsável, o Governo do Estado resgata o investimento no desenvolvimento de Aparecida de Goiânia. “Vamos dar um novo salto econômico, já que vamos atrair empresas que terão valor agregado ao que for produzido. Temos esse planejamento tratado com muita seriedade e transparência”, afirmou.

As obras de infraestrutura englobam os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, drenagem pluvial e pavimentação. Além disso, está em fase de licitação a implementação da rede elétrica e iluminação pública.

Tão aguardado pelos empresários da região, o Dianot ficou parado por quase duas décadas até ser destravado pela atual gestão do estado. E um dos principais entraves era a Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, que foi transferida e o terreno incorporado ao novo distrito.

A expectativa é que o Dianot se torne o segundo maior parque industrial de Goiás, com infraestrutura completa e moderna para o assentamento de empresas. “O Dianot não será apenas o segundo maior distrito do estado, nós vamos entregar para a sociedade um distrito bem estruturado, organizado e moderno. As obras de infraestrutura começam agora e ano que vem já teremos as primeiras indústrias instaladas, gerando emprego e renda para Aparecida e para os goianos”, destacou Francisco Jr.

No total, são 2 milhões de metros quadrados de área, divididos em 359 lotes, com previsão de receber 200 indústrias e gerar 30 mil empregos diretos e indiretos. O planejamento da construção foi dividido em três etapas, com início das obras de imediato, conclusão da primeira etapa da construção e instalação das primeiras indústrias em 2025 e, em 2026, a entrega total da infraestrutura.

Seleção de indústrias

Com o intuito de dar transparência, ampla publicidade e isonomia de oportunidade aos interessados, a Codego e a Seinfra estabeleceram como meta adotar critérios claros e objetivos para escolher empresas em condições de fazer os investimentos necessários para gerar emprego e desenvolvimento para Goiás no novo polo de Aparecida.

“Teremos um investimento maciço de mais de R$ 100 milhões em obras, que vai fazer nascer o Dianot. O governador Ronaldo Caiado fez um movimento emblemático em Anápolis, lançando o edital de seleção de empresas para o Daia. Aqui seguiremos o mesmo processo para que o novo distrito receba empresas com vocação para o investimento de curto prazo e capacidade de geração de emprego para Aparecida”, afirmou Pedro Sales.

Parceria

O Estado contou com a parceria da prefeitura de Aparecida de Goiânia para tirar o projeto do papel. A administração municipal garantiu a isenção tributária das áreas do Dianot até que elas sejam transferidas para as empresas. O PL 3.732/2023, aprovado por unanimidade na Câmara Municipal e sancionado pelo prefeito Vilmar Mariano, concede isenção do Imposto Territorial Urbano (ITU) e Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) à Codego para implantação do Distrito Agroindustrial Norberto Teixeira.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp