Governo de Goiás avança em acordo de concessão do Aeroporto de Cargas de Anápolis para Infraero

Governo de Goiás avança em acordo de concessão do Aeroporto de Cargas de Anápolis para Infraero

Avança o processo de federalização do Aeroporto de Cargas de Anápolis. O vice-governador Daniel Vilela reuniu-se no início da noite desta terça-feira (05/03), com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o informou de que as demandas repassadas ao Governo de Goiás para que a Infraero invista nas obras de conclusão do aeroporto e assuma sua administração foram atendidas em sua totalidade. Uma delas era o envio de toda a documentação inerente ao acordo deste porte.

Costa Filho afirmou ao vice-governador que determinará a criação de força-tarefa para agilizar as articulações entre a Infraero, empresa pública nacional jurisdicionada ao ministério, e o governo goiano. “Vamos validar os documentos e, na sequência, quero minha equipe empenhada neste projeto para que aquele aeroporto seja um grande centro de distribuição logística”, garantiu o ministro.

“O que mais queremos é colocá-lo em funcionamento”, destacou Daniel Vilela, que na reunião em Brasília (DF) representou o governador Ronaldo Caiado. “O Porto Seco de Anápolis, o grande polo farmacêutico que existe naquela cidade, a proximidade com a Ferrovia Norte-Sul, a Plataforma Multimodal, entre outros fatores, também são levados em conta para a viabilidade econômica do aeroporto”, acrescentou.

O secretário de Estado de Relações Institucionais, Lucas Vergílio; o presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Lucas Vissotto; e o deputado federal Rubens Otoni acompanharam a audiência, onde fizeram intervenções de cunho técnico e político a favor da operação a ser concretizada com a Infraero. “Inclusive todos os estudos e avaliações necessárias para esta concessão foram feitos, in loco, pelos profissionais daqui”, acrescentou Vissoto.

Investimentos

Os próximos acertos a serem feitos entre Governo do Estado e Ministério de Portos e Aeroportos devem ser relacionados aos investimentos da União no Aeroporto de Cargas de Anápolis. O Executivo goiano almeja R$ 500 milhões, valor que incluiria a edificação de um terminal para passageiros – algo imprescindível para que, no futuro, o local seja atrativo para a iniciativa privada.

Por fim, também entrou em pauta nesta reunião de trabalho a possibilidade de a Infraero assumir outros aeroportos em Goiás – 19 deles estão sob responsabilidade do governo estadual. O diretor de Outorgas, Patrimônio e Políticas Regulatórias da Secretaria Nacional de Aviação Civil, Rafael Scherre, confirmou que, pelo Plano Aeroviário Nacional (PAN), além do de Anápolis, os aeroportos de Alto Paraíso de Goiás, São Miguel do Araguaia e Luziânia – este último sob responsabilidade do município – serão os próximos a serem federalizados.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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