Governo de Goiás começa a distribuir hoje 30 mil kits de testes rápidos da Covid-19

O secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, disse nesta terça-feira, dia 14, durante entrevista ao radiojornal O Mundo em sua Casa das rádios Brasil Central AM e RBC FM, que a Pasta inicia hoje a distribuição de 30 mil kits de testes rápidos da Covid-19. Mas lembrou que existe um protocolo de realização dos testes, que serão destinados a pacientes que tiveram sintomas e que estão assintomáticos, e que atuam nas áreas da Saúde e da Segurança Pública, entre outros. “É mais no sentido de retorná-los à atividade do que propriamente o diagnóstico”, ressaltou.

Ismael Alexandrino foi entrevistado por Jerônimo Venâncio e Paulo Henrique Santos. Ele alertou que o diagnóstico do teste rápido não é fidedigno. Se o contato da pessoa com o novo coronavírus foi antes de sete dias, a chance de o resultado dar um falso negativo é muito grande, explicou. Mas até 14 dias tem a possibilidade de dar falso negativo. “Então é importante que se calibre a expectativa em relação a esse teste rápido, porque ele não é a panaceia, não é para matar a curiosidade, tem indicação muito específica. A gente utilizará sim, mas com cautela”, acrescentou.

Lacen

O secretário da Saúde informou que hoje o Laboratório Central (Lacen) tem pouco mais de 60 amostras aguardando análise, o que segundo ele se resolve “de um dia para o outro”, ao se referir à testagem do Covid-19 do tipo PCR, cujo diagnóstico é mais confiável. Refutou as informações de que os casos estariam subnotificados devido ao atraso nos resultados dos testes. Admitiu que tem um delay (atraso), não é instantâneo. “Mas na comparação com outros Estados, que estão nessa mesma situação, é concreto o fato de que estamos com menor número de casos”. Disse que isso se deve ao fato de Goiás ter adotado medidas de isolamento social de forma mais precoce.

Ismael afirmou ainda que os estudos apontam que o pico da disseminação do novo coronavírus será em maio. “Eu sempre disse que seria final de abril e início de maio, o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta acredita que será em maio e junho. O fato é: nós estamos próximos (do pico), mas é difícil quantificar o tão próximo estamos”, ponderou. Por isso, existe essa corrida para estruturar a rede (de saúde) para quando ocorrer o pico da pandemia e o número de pacientes graves aumentar de forma significativa.

Conforme o secretário, hoje Goiás conta com 1.040/1.050 leitos para a internação da pacientes da Covid-19. “A grande maioria são leitos que não têm ventilação mecânica, ou seja, para pacientes que precisam de internação, mas que são (casos) um pouco menos graves”, declarou.

 

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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