Governo de Goiás debate plano de dez anos para o ensino superior

Governo de Goiás debate plano de dez anos para o ensino superior

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), se reuniu com representantes de instituições de ensino superior de Goiás, nesta quarta-feira, 28, no HUB Goiás, para debater as próximas etapas do Plano Diretor para a Educação Superior do Estado.

O Plano Diretor é um documento que visa nortear as políticas públicas do ensino superior de Goiás, envolvendo instituições particulares e públicas, de todas as esferas, com o objetivo de sustentar a estruturação de metas ao longo dos próximos dez anos. A parte do documento que já está estruturada foi apresentada nesta quarta-feira aos representantes, que puderam ler, debater e dar sugestões.

Titular da Secti, José Frederico Lyra Netto destacou o que foi feito até o momento. “Lançamos o Plano Diretor em agosto de 2022. Desde então, já foram feitas entrevistas e estudos a respeito do tema, e muita coisa avançou. Agora, estamos prontos para começar as audiências públicas. Já temos o material para ser lançado, mas a ideia é partir para um debate amplo.”

Para ele, a educação superior deve estar acessível aos goianos, ressaltando que o Plano Diretor pode auxiliar na questão do acesso também. “As expectativas são altas, porque sabemos que o ensino superior não deveria ser um privilégio para um grupo de pessoas, como antigamente, mas um espaço para crescer.”

A reunião com universidades e demais instituições foi uma etapa anterior à disponibilização pública do documento base no site Secti para colher sugestões, o que deve ocorrer em julho, e às audiências públicas, em agosto. Serão realizadas audiências em 11 municípios goianos, localizados em regiões de planejamento: Goiânia, Anápolis, Uruaçu, Cidade de Goiás, Rio Verde, Jataí, Catalão, Itumbiara, Valparaíso de Goiás, Posse e São Luís de Montes Belos.

O subsecretário de Formação de Talentos e Transformação Digital da Secti, Robert Bonifácio, explicou a importância desta etapa de construção do Plano. “O que estamos fazendo é um momento de escutar a comunidade acadêmica, escutar a sociedade, para que eles opinem quais devem ser as metas e as diretrizes nesse percurso de dez anos.”

Plano Diretor

O Plano Diretor para a Educação Superior do Estado de Goiás 2023-2032 tem quatro eixos estruturantes: gestão sustentável da educação superior; ensino, pesquisa e extensão; empreendedorismo, inovação e internacionalização; e acesso, permanência e êxito nas Instituições de Ensino Superior.

Até o momento, foram feitas a elaboração de instrumentos de pesquisa, a aplicação de survey e entrevistas, compilação de dados e o documento base do Plano. O material que norteia os debates do Plano Diretor é baseado na Global University Network for Innovation, da Unesco, que defende a promoção da educação, cultura e ciência como ferramentas decisivas para o progresso humano e social.

Lançada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a construção do Plano Diretor conta com a participação de reitores, gestores, professores de instituições de ensino públicas e privadas, de instituições de pesquisa, e do setor produtivo. Finalizadas as audiências públicas nas diferentes regiões do estado, a última etapa será finalizar a proposição do Plano ainda em 2023.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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