Governo de Goiás e Enel Brasil selam privatização da Celg

O Governo de Goiás e a Enel Brasil S.A selaram nesta terça-feira, dia 14, a privatização da Celg. Em solenidade no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia, o governador Marconi Perillo e diretores da Enel assinaram o contrato de privatização da companhia. O montante que coube a Goiás já foi depositado na conta do governo estadual: R$ 1.104.303.365,93. A Eletrobras, que detinha 51% das ações da Celg, recebeu R$1.065.266.144,40. Segundo a diretoria da Enel, a Eletrobras receberá, ainda, cerca de R$ 82 milhões da oferta dos empregados.

Diretor global de Infraestrutura e Rede da Enel, Livio Gallo afirmou que o objetivo da empresa é transformar a Celg na distribuidora de energia número um do País. Além do valor pago pelo arremate da companhia, a Enel pagará R$ 4 bilhões em dívidas da Celg e investirá R$ 800 milhões de dólares na melhoria do sistema de energia. A prioridade, conforme destacou Livio Gallo, é investir na modernização e na expansão do sistema de distribuição.

Ele pontuou que a Enel está investindo na modernização da rede de distribuição no Brasil cerca de 3 bilhões de euros pelos próximos três anos. “Estamos aplicando no Brasil as mais avançadas técnicas de automação de rede de distribuição para melhorar a qualidade dos serviços prestados. Em Goiás, identificamos uma grande oportunidade de crescimento e patamares acima da média nacional”, disse.

O sistema será modernizado com tecnologias de distribuição, tais como o de automação de rede, de medidores eletrônicos e inovação tecnológica, integrando o conceito de redes inteligentes. “Vamos aumentar os investimentos em Goiás para melhorar a qualidade, modernizar e digitalizar a rede para acelerar a captação de novos clientes para o Estado. Nosso projeto é baseado na sustentabilidade do negócio e na satisfação dos nossos clientes a longo prazo. Além de modernizar e expandir a rede de distribuição, vamos ampliar na região a oferta de soluções de valor agregado, como sistema de geração distribuída com energia fotovoltaica. Os consumidores serão beneficiados pelas melhorias a serem implementadas na rede de distribuição. Nosso objetivo é fazer da Celg a distribuidora número um do Brasil”, disse o diretor global.

Diretor da Enel para o Brasil, Carlo Zorzoli disse que a empresa não vai se ater somente aos investimentos previstos, mas trabalhará também para estabelecer novas conexões, e atender a demanda reprimida. “Goiás é um Estado com uma economia vibrante, e precisa de mais energia. O primeiro passo é investir em tecnologia que permita melhorar a qualidade do serviço para reduzir o prazo de falta de energia, quando falta energia”, explicou.

O governador Marconi Perillo completou que a Enel também atuará para universalizar a energia no campo, que hoje é 90% universalizada. Ele acrescentou, ainda, que o Governo de Goiás prepara o cronograma de investimentos que realizará com os recursos da privatização da Celg.

Enel
A Enel opera em geração e distribuição de energia por meio da Enel Brasil e suas subsidiárias. No setor de distribuição, opera no Rio de Janeiro (Enel Distribuição Rio), e no Ceará (Enel Distribuição Ceará). Ambas atendem a cerca de sete milhões de clientes. “Hoje podemos dizer que além de cariocas e cearenses somos goianos com muito orgulho. Temos certeza de que a Enel trará muita alegria para a sociedade goiana e para os acionistas”, afirmou Livio Gallo. Em Goiás, a Enel também administra Cachoeira Dourada, hidrelétrica de 658 MW.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Bilhete de ônibus na capital paulista sobe para R$ 5 em janeiro

A prefeitura de São Paulo fechou em R$ 5,00 a tarifa básica dos ônibus da capital. O valor, que teve 13,6% de reajuste, passará a ser cobrado no dia 6 de janeiro.

O preço atualizado do bilhete seguirá para a Câmara Municipal dos Vereadores, conforme estabelece a legislação. Em nota, a prefeitura lembrou que todas as gratuidades existentes continuam mantidas, assim como a integração do passageiro em até quatro ônibus dentro de um período de três horas.

A gestão municipal já havia antecipado nesta quinta-feira, 26, mais cedo, que o preço da passagem deveria ficar entre R$ 5,00 e R$ 5,20. A definição ocorreu após reunião de representantes da prefeitura e da São Paulo Transporte (SPTrans).

Em conferência pública que reuniu membros do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), transmitida pela internet, durante a manhã, a superintendente de Receita e Remuneração da SPTrans, Andréa Compri, afirmou que o aumento se justifica porque os valores praticados atualmente equivalem aos de 2019. Destacou ainda, em sua apresentação, junto a outros registros do sistema de transporte, que o custo para mantê-lo este ano foi de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Entre os argumentos usados pela SPTrans para convencer sobre a necessidade do reajuste, está a parcela de usuários beneficiados pela gratuidade. De 2019 a 2024, os pagantes equivalem sempre a, pelo menos, metade dos passageiros. Este ano, foram 50%, enquanto os passageiros que têm gratuidade formavam uma parcela de 28% e os de transferências ônibus-ônibus, sem acréscimo tarifário, respondiam por 22%.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp