Governo de Goiás e Sesc anunciam R$ 3,9 milhões para o Claque Retomada Cultural

Projeto Claque Retomada Cultural do Governo de Goiás em parceria com o Sesc contempla mais de 400 atrações culturais em Goiânia, com investimento de R$ 3,9 milhões

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Retomada, e o Sesc Goiás divulgam os selecionados do edital de Goiânia do Claque Retomada Cultural. O total investido na capital goiana para fomentar as 424 apresentações artísticas é de R$ 3,9 milhões. A lista completa dos aprovados pode ser conferida no site da Retomada.

Na etapa de Goiânia são 41 selecionados para música solo, 36 para duos ou trios, 51 grupos musicais ou banda, 80 propostas de trabalhos audiovisuais, 43 de literatura, 81 de artes visuais, 17 de artes cênicas com mais de quatro integrantes, 29 grupos de artes cênicas de até quatro integrantes e 46 de artes cênicas solo.

O secretário da Retomada, César Moura, destaca a importância do projeto como uma ferramenta para movimentar o cenário cultural. “Além de estimular e reconhecer a produção artística goiana, o Claque Retomada Cultural tem papel relevante na movimentação econômica em vários setores ligados ao setor cultural. Criar oportunidades que gerem emprego, renda e o desenvolvimento regional é uma constante nas ações do Governo de Goiás, e não é diferente neste caso”, destaca o titular da secretaria.

O presidente do sistema Fecomércio, Sesc e Senac, Marcelo Baiocchi, ressaltou a importância do projeto, que nasceu durante a pandemia. “Nós vimos as dificuldades que os artistas estavam passando pela falta de eventos e contratação, foi quando definimos um evento pra ajudar e fizemos em 2021 um projeto com 600 artistas, que se apresentaram de maneira on-line. Os milhões que estamos colocando aqui são pouco perto do que a cultura merece. Investimento é fundamental para preservação da nossa história”, destacou.

A iniciativa terá investimento total de R$ 20 milhões, sendo R$ 15 milhões do Tesouro Estadual. Os outros R$ 5 milhões serão destinados pelo Sesc Goiás, que será responsável pela curadoria, contratação de estrutura física para realização das apresentações, além da seleção dos artistas e pagamento dos mesmos.

Todas as apresentações do projeto serão realizadas presencialmente nos municípios de Rio Verde, Luziânia, Jaraguá, Posse, São Miguel do Araguaia, Itumbiara, cidade de Goiás e Goiânia.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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