A gestão do governador José Eliton (PSDB) é aprovada por 49,9% dos goianos, aponta pesquisa Grupom/Diário da Manhã realizada entre os dias 6 e 10 de maio em todo o Estado. Para 44,1% dos entrevistados, a administração do tucano é boa, e 5,8% a classificam como ótima. A soma dos dois conceitos é resulta na chamada avaliação positiva de governo pelos eleitores.
A avaliação positiva é praticamente o dobro da negativa, mostra a pesquisa Grupom. Aqueles que reprovam o governo do tucano, que assumiu o comando do Palácio das Esmeraldas em 7 de abril, somam 25,33%. Desse total, 12,1% avaliam o governo como péssimo e 13,2% o veem como ruim. Os conceitos somados compõem a chamada avaliação negativa.
Para os 24,7% de eleitores restantes, a administração de José Eliton será regular. Esse porcentual representa os eleitores que não reprovam nem aprovam a administração. José Eliton assumiu o governo anunciando medidas de impacto para as áreas estratégicas, com destaque para Segurança, Educação, Saúde e Transporte.
O governador comentou na tarde desta quarta-feira, ao apresentar o cronograma do Aruanã Em Canto, os números. “O dado que me deixou feliz foi observar que 49,9% da população avalia o governo como ótimo ou bom. Isso é resultado extraordinário, nos colocando talvez como o Estado que tem a melhor avaliação da população dentre os Estados brasileiros”, disse.
“Ficamos muito felizes em observar o reconhecimento da população a todo esforço que estamos fazendo no sentido de buscar que Goiás continue avançando”, disse. “Como eu disse, estou muito focado na questão do governo”, afirmou o governador.
Especialistas
Especialistas em análises de pesquisas, como diretores de institutos de pesquisa, professores e cientistas políticos comentam o peso da avaliação de governos na perspectiva de reeleição. Tanto se pautando em observações práticas de eleições, quanto em estudos teóricos, eles avaliam, especificamente, aprovações acima de 40%, que indicariam maior possibilidade de que o governante consiga se reeleger ou fazer o sucessor.
Questionado sobre o assunto, Mário Rodrigues, proprietário da Grupom, disse que, apesar de existirem divergências entre os teóricos que estudam o fenômeno eleitoral, há, de fato, uma ala que aponta que índices de mais de 40% já indicam cenário bem favorável a reeleição. “A justificativa seria de que existe força para vencer as eleições”, disse.
Jean Carvalho, que dirige o Instituto Fortiori, disse que, apesar de a eleição não ser uma ciência exata, e sim algo muito complexo, que necessita de um estudo mais completo, de vários fatores. Apesar disso, diz que existe uma lógica de que, quanto maior a aprovação do governo, mais chance se tem de ser reeleito, de eleger o sucessor.