Governo de Goiás empossa nova diretoria do Conselho Estadual da Mulher

Governo de Goiás empossa nova diretoria do Conselho Estadual da Mulher

O Conselho Estadual da Mulher (Conem), em Goiás, está com nova diretoria após a diplomação de 38 conselheiras titulares e outras 38 suplentes. A posse aconteceu nesta segunda-feira (25/03), no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia, durante cerimônia conduzida pela coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado. A nova gestão vai atuar até o fim 2025 com Rosi Guimarães na presidência e a delegada Ana Elisa Gomes na vice-presidência.

“Sabemos que valorizar e fortalecer as mulheres é fortalecer o Estado de Goiás e a garantia dos nossos direitos é um assunto que me move muito”, garantiu a primeira-dama Gracinha Caiado ao explicar que a gestão Caiado investe em conscientização, segurança e ferramentas que possam oferecer autonomia e independência às mulheres. Exemplos de programas nesse sentido são: Goiás por Elas, Mães de Goiás, Dignidade Menstrual, Crédito Social (93% do público é feminino), Pra Ter Onde Morar, entre outros.

“O dever do Governo de Goiás, e nossa luta diária, minha e de Ronaldo [Caiado], é proteger, garantir direitos e apoiar para que todas nós, mulheres, tenhamos uma vida digna e de maneira plena”, completou a primeira-dama. Criado em 1999 e regulamentado em 2008, o Conem articula a implementação de políticas públicas de atenção à mulher em diversos segmentos: saúde, segurança e justiça, direitos sexuais e reprodutivos, mercado de trabalho, educação não-sexista, além de exigir o cumprimento da legislação que assegura os direitos da mulher.

Ao assumir o cargo, Rosi Guimarães, que é superintendente da Igualdade Racial da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds), afirmou que junto com os demais titulares será guardiã e promotora de todo legado dos antecessores. “Estou chegando para complementar essa história”. Vítima de tentativa de feminicídio no ano 2000, ela garantiu trabalho incansável. “Continuarei atuando para que nosso estado seja um lugar melhor para meninas e mulheres. Vamos fazer acontecer justiça, igualdade de gênero e respeito às goianas”, defendeu.

O secretário de Desenvolvimento Social, Wellington Matos, ressaltou o combate à violência contra a mulher, que avançou desde 2019. No entanto, segundo ele, isso não é motivo para acomodação nas políticas estaduais voltadas ao público feminino. “Pelo contrário, estimula uma atuação ainda mais abrangente, com a oferta de oportunidades sustentáveis de transformação pessoal e familiar”, garantiu.

Já a ex-presidente do Conem, Ana Rita Marcelo de Castro, lembrou enfrentamentos importantes para a estruturação da entidade. “[O Conem] continua potente, pujante e cumprindo aquilo que é a natureza da sua formação: exercer o controle social sobre as políticas públicas para mulheres no nosso Estado”.

Também tomaram posse: a secretária-geral Layla Milena Oliveira, conselheira Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e secretária da Comissão Nacional dos Direitos Sociais da OAB Nacional; primeira secretária Arieny Matias, representante da Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica de Goiás; e a segunda secretária Sweyka Brandão, que é representante da Secretaria de Estado da Cultura.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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