Governo de Goiás entrega 15 mil armas para a Polícia Militar

A Polícia Militar (PM) recebeu, nesta segunda-feira, 7, cerca de 15 mil armas adquiridas pelo governo estadual. Ao todo, o investimento custou R$ 62,9 milhões, sendo R$ 49,5 milhões oriundos do Tesouro Estadual e R$ 13,3 milhões da União, por meio de emendas parlamentares destinadas pela bancada federal de Goiás no Congresso.

A PM recebeu 12.622 pistolas 9 mm da marca Beretta, 1.150 submetralhadoras 9 mm da marca Sing Sauer, 300 armas de incapacitação neuromuscular do tipo “taser”, 25 lançadores de munições químicas e 300 fuzis calibre 7,62 Beretta. Pela primeira vez, os policiais também vão atuar com espingardas gauge semiautomáticas – foram adquiridas 550 armas. Para a Cavalaria, o Estado entregou um caminhão próprio para o transporte de equinos e 50 conjuntos de sela.

O objetivo da ação é garantir mais segurança à população, além de beneficiar os aprovados no último concurso público da instituição, que devem iniciar o curso de formação em março de 2023. Com a nova aquisição, 100% da tropa terá novos armamentos, segundo o secretário de Estado de Segurança Pública, coronel Renato Brum

“Em 2019, um terço do nosso armamento foi condenado. Nossos policiais sofreram acidentes. Agora, todo o armamento da tropa será renovado. Isso é fruto de um grande trabalho e do empenho do nosso governador na segurança pública. Isso é valorização”, disse.

Números

Para o comandante-geral da PMGO, coronel André Henrique Avelar de Sousa, a expectativa é intensificar o combate à criminalidade, que já possui bons índices em Goiás. Ele diz ainda que as equipes de todas as viaturas devem circular com ao menos uma submetralhadora, arma projetada para disparos rápidos e sucessivos, com apoio de um cinto de munição.

 “Apenas nos primeiros sete meses deste ano, já recapturamos 3.414 foragidos da justiça, realizamos 9.219 prisões em flagrante e apreendemos 2.278 armas de fogo”

Tráfico

Durante a entrega, o governador Ronaldo Caiado destacou os números do combate ao tráfico de drogas. Para ele, o estado tem avançado na apreensão de cargas do narcotráfico no Estado.

“É impressionante a sintonia que temos entre as áreas de inteligência e operação. Este ano, já foram apreendidas mais de 30 toneladas de entorpecentes e, desde 2019, são 125 toneladas de drogas apreendidas em Goiás”, lembrou.

Participaram do evento o vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), desembargador Zacarias Neves Coelho; o procurador-geral de Justiça de Goiás, Aylton Flávio Vechi; o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), inspetor Luiz Fernando Naves Sanches de Siqueira; os deputados estaduais Rafael Gouveia (REP) e coronel Adaílton (PRTB); o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, coronel Washington Luiz Vaz Júnior; o diretor-geral de Administração Penitenciária, Josimar Pires; entre outras autoridades.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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