Governo de Goiás envia 16 mil donativos para o Nordeste Solidário

O Governo do Estado, por meio da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e do Gabinete de Políticas Sociais (GPS), iniciou, nesta terça-feira, 22, o envio de mais 16 mil donativos para o interior do Estado. Nesta segunda etapa da Operação Nordeste Solidário, as doações incluem cobertores, colchões e filtros de barro para água. Os cobertores e colchões serão destinados, inicialmente, às cidades que abrigam os Pontos de Apoio da ação, montados estrategicamente para a logística de distribuição aos municípios em risco de alagamento. Já os filtros serão entregues diretamente às famílias com apoio das prefeituras. O investimento social do Governo nesta etapa é de R$ 1,2 milhão.

Lançada no dia 31 de outubro pelo governador Ronaldo Caiado, a Operação já levou 17 mil benefícios sociais a famílias previamente identificadas na região Nordeste do Estado, incluindo pacotes do Mix do Bem e de frutas desidratadas. Peças de vestuário arrecadadas pela OVG também serão encaminhadas à ação.

Existe previsão de que chova, em um único mês, até 500 milímetros em algumas regiões, cenário semelhante ao ocorrido entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, quando 24 cidades goianas decretaram situação de emergência. “Nunca houve essa previsão climática. E, se teve em gestões anteriores, nunca tomaram providência preventiva. E essa é a nossa finalidade agora”, pontua o governador Ronaldo Caiado. “Trabalhamos para antecipar, dar o melhor atendimento à população e não sofrermos as dificuldades da última passagem de ano”, conclui.

De acordo com a presidente de honra da OVG e coordenadora do GPS, primeira-dama Gracinha Caiado, esse é um plano de contingência que visa garantir a segurança de toda a população. “Eu sempre digo que nosso papel é ajudar quem mais precisa. No ano passado, vimos que alguns municípios sofreram com as chuvas intensas no fim de ano, por isso decidimos nos antecipar e enviar, desde já, milhares de donativos que poderão ser distribuídos de forma imediata caso famílias sejam atingidas por alagamentos”. Gracinha destaca, ainda, que “amparar aqueles que se encontram em vulnerabilidade social é prioridade”. “Digo e repito: não deixaremos nenhuma família desamparada”, completa.

Neste ano, 14 municípios do Nordeste goiano serão contemplados pela ação, de acordo com classificação de risco emitida pela Defesa Civil e Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo). São eles: Água Fria de Goiás, Alto Paraíso, Cavalcante, Formosa, Hidrolina, Itapaci, Mimoso de Goiás, Niquelândia, Nova Roma, Pilar de Goiás, São João D`Aliança, São Luiz do Norte, Teresina de Goiás e Uruaçu. Os Pontos de Apoio da Operação foram instalados em Campos Belos, Ceres, Flores de Goiás, Formosa, Posse, Teresina e Uruaçu.

A diretora-geral da OVG, Adryanna Melo Caiado, lembra que a estimativa do Governo do Estado de que 19 mil pessoas podem ser afetadas pelas chuvas nesta região. “Esses são municípios distantes da capital, com locais de difícil acesso, especialmente quando chove. Mas, ao planejarmos as ações e nos anteciparmos às cheias, podemos garantir um suporte integral e imediato às famílias, em caso de necessidade. E esse suporte não é apenas do ponto de vista social, ele engloba também atendimentos de saúde, infraestrutura e diversas outras frentes essenciais em momentos como este”, enfatiza.

Segundo estimativas da Defesa Civil, o grande volume de chuvas pode causar isolamento de cidades, com desabastecimento de alimentos e outros insumos; contaminação de água potável; perda na lavoura e pecuária e rompimento de barragens. Para amenizar os impactos, a Operação Nordeste Solidário, do Governo de Goiás, conta com a atuação de 17 pastas da administração estadual, entre elas Gabinete de Políticas Sociais (GPS), Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), Saneago, Agência Goiana de Habitação (Agehab), Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) e secretarias de Desenvolvimento Social; Saúde; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Educação; e Esporte e Lazer.

Arrecadação de roupas

Diante da realidade enfrentada por famílias que perdem o pouco que têm em meio a alagamentos, a OVG iniciou uma Campanha de Arrecadação de Roupas, em Goiânia. O objetivo é recolher o maior número possível de peças de vestuário adulto e infantil que serão destinadas às áreas atingidas pelas fortes chuvas. As roupas, novas ou usadas em bom estado de conservação, podem ser entregues até o próximo dia 25 de novembro, na sede da Organização (Rua T-14, Nº 249, Setor Bueno, Goiânia).

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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