Governo de Goiás envia à Alego projeto que institui plano de carreira dos docentes da UEG

O Governo de Goiás encaminhou, nesta terça-feira (25), um projeto de lei para substituir o Plano de Carreira e Remuneração do cargo de Docente de Ensino Superior da Universidade Estadual de Goiás (UEG). A proposta foi feita a partir das reivindicações apresentadas pelo Conselho Universitário da UEG, com adequações da Secretaria de Estado da Administração (SEAD).

Segundo o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, o plano de carreira é uma demanda antiga que foi construída passo a passo. “Fizemos reunião com os professores para entender as reivindicações. Depois, reunimos com todos os deputados estaduais e novamente com os professores e seus representantes. Fui pessoalmente, a Anápolis, onde me reuni com os servidores para apresentar nossa proposta. O passo seguinte foi entrar nos detalhes para que a proposta tivesse todos os mecanismos necessários e o projeto de lei funcionasse na prática”, afirmou.

O projeto trata do ingresso na carreira mediante concurso público de provas e títulos, em qualquer classe, exceto na de Docente de Ensino Superior Titular. Também tem como foco a reestruturação da carreira com a adequação das categorias (Auxiliar, Assistente, Adjunto e Titular) e a instituição de 15 níveis em cada categoria. Além disso, são apresentados os requisitos de evolução funcional com critérios objetivos; o acesso à classe Docente de Ensino Superior Titular por processo seletivo; a extinção do quantitativo de vagas por classe; e a adequação dos regimes e da jornada de trabalho.

O impacto financeiro do Plano de Carreira e Remuneração será de mais de R$ 3,5 milhões mensais. Para o exercício de 2024, o impacto deve ser superior a R$ 23,5 milhões a partir de junho. Quanto à questão financeira, a Secretaria de Estado da Economia destacou que a despesa é passível de ser suportada pelo saldo de ressalvas do Plano de Recuperação Fiscal, em fase de homologação no Ministério da Fazenda.

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IBGE: Goiás atinge menor taxa de pobreza da história

Goiás alcançou, em 2023, a menor taxa de pobreza de sua história: 1,3% da população está abaixo da linha de pobreza, definida em R$ 210 de renda domiciliar per capita. O número coloca o estado em posição de destaque nacional, sendo o segundo menor do Brasil, atrás apenas de Santa Catarina, e muito abaixo da média nacional de 4,5%.

Os dados analisados pelo Instituto Mauro Borges (IMB) constam na pesquisa Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2024, divulgada nesta quarta-feira, 4, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“As políticas sociais de Goiás são reconhecidas em todo o Brasil, pois permitem a emancipação das pessoas, fazendo com que elas passem da condição de pobreza e extrema pobreza para ter renda própria. Nosso estado foi o que mais promoveu essa inclusão nos últimos anos”, disse o governador Ronaldo Caiado.

Ainda, ele cita que o Governo oferta cursos profissionalizantes nos Colégios Tecnológicos do Estado de Goiás (Cotecs), como Corte e Costura.

“Se estiver no Cadastro Único, o aluno recebe até a máquina de costura para poder atender sua demanda. Até R$ 5 mil a custo zero. Isso trouxe uma incorporação dessas pessoas a outras faixas de renda”, comemora o governador.

A redução da taxa de pobreza em relação a 2022 foi significativa, com recuo de 1,6 pontos (de 2,9% para 1,3%), o que significa que mais de 110 mil pessoas saíram desta condição em um ano. Além disso, Goiás lidera no combate à extrema pobreza, que é medida pela linha de R$ 110 per capita.

Em 2023, a taxa foi de 0,8%, a menor do país, enquanto a média nacional é de 1,7%.

“Estamos vivenciando uma transformação socioeconômica histórica. Com políticas sociais eficazes e o fortalecimento do mercado de trabalho, o governo cria oportunidades que mudam vidas. Isso tudo reflete em números e segue colocando Goiás no topo “, destaca a primeira-dama e coordenadora do Goiás Social, Gracinha Caiado.

Programa de combate à pobreza mais bem avaliado do Brasil, o Goiás Social integra projetos, benefícios e ações que combatem a pobreza e a desigualdade por meio de assistência emergencial, protetiva e emancipatória.

Entres as iniciativas do Goiás Social, estão os programas NutreBem, Dignidade Menstrual, Aquecendo Vidas, Nordeste Solidário, Mães de Goiás, Aluguel Social, Família Acolhedora, Dignidade, Restaurante do Bem, Aprendiz do Futuro, ProBem, Bolsa Estudo, Crédito Social, PAA Goiás e Goiás por Elas.

Diretor-executivo do Instituto Mauro Borges, Erik Figueiredo destaca que Goiás deu um verdadeiro salto neste quesito.

“Enquanto a extrema pobreza brasileira caiu cerca de 30% entre 2022 e 2023, o recuo em Goiás foi próximo a 50%. O Estado possuía a nona menor taxa de extrema pobreza em 2018 e, no ano passado, registramos a menor taxa de todo o país. Ou seja, em apenas cinco anos, Goiás conseguiu saltar oito posições”, disse Figueiredo.

Ele também acrescenta que a renda domiciliar per capita média dos 40% mais pobres é 30% superior à registrada nessa mesma faixa no resto do Brasil. Nesse sentido, há menos desigualdade entre as camadas mais baixas e a classe alta em Goiás, sétimo estado menos desigual no ranking.

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