Governo de Goiás envia mais medicamentos ao Rio Grande do Sul

O Governo de Goiás encaminhou nesta segunda-feira (15/07) dois caminhões carregados de medicamentos e de material médico-hospitalar para Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A ação de solidariedade às vítimas das enchentes naquele estado foi realizada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com empresas goianas da área de produtos farmacêuticos.

“Desde o início das enchentes, em abril deste ano, tenho solicitado o empenho dos gestores do estado para promover ações, que amenizem a situação vivenciada pelos moradores das cidades atingidas,” afirmou o governador Ronaldo Caiado. O secretário de Estado da Saúde de Goiás, Rasível Santos, destacou que “o Governo de Goiás é sensível ao drama enfrentado pela população rio-grandense”.

As doações feitas por empresas goianas, somadas aos itens disponibilizados pelo do Governo de Goiás, incluem itens como aparelhos de glicemia, luvas, antibióticos, antiinflamatórios, analgésicos, soro e vitaminas. Entre as empresas doadoras estão Halexistar, Equiples, Vitamedic, Iquego, Araguaia, Hypera e JRD. De acordo com o secretário, todos os produtos serão entregues ao Centro de Distribuição da Farmácia São João, em Gravataí (RS), e vão abastecer as unidades de saúde dos municípios da Grande Porto Alegre. “Seremos sempre solidários às pessoas de outros Estados que passam por dificuldades”, pontuou o secretário.

Essa não foi a primeira vez que a SES-GO fez desenvolveu ações solidárias à população riograndense. Em maio, o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) tornou-se um ponto de coleta de doações da comunidade para arrecadação de cobertores, água potável, alimentos não-perecíveis, produtos de higiene pessoal, além de ração para cães e gatos. No final de junho, o Hospital Estadual de doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT) e o Centro Estadual de Atenção Prolongada e Casa de Apoio Condomínio Solidariedade (Ceap-Sol) arrecadaram 5,8 mil itens diversos em favor dos desabrigados pelas enchentes.

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Crise na saúde em Goiânia: falta de investimentos e estrutura precária prejudicam atendimento médico de qualidade

A crise na saúde em Goiânia é um tema que tem preocupado a população da cidade nos últimos anos. Com a falta de investimentos no setor e a precariedade na estrutura dos hospitais e unidades de saúde, os moradores têm enfrentado dificuldades para conseguir atendimento médico de qualidade. A superlotação nas emergências, a demora para marcar consultas e a escassez de medicamentos são apenas alguns dos problemas enfrentados pela população.

Além disso, a falta de profissionais da saúde qualificados é um dos principais motivos para a crise na saúde em Goiânia. Com o baixo salário e as condições de trabalho precárias, muitos médicos e enfermeiros acabam deixando o serviço público em busca de melhores oportunidades em outros estados ou até mesmo países. Isso gera uma sobrecarga de trabalho para os poucos profissionais que permanecem, impactando diretamente na qualidade do atendimento prestado à população.

Outro ponto alarmante é a falta de estrutura dos hospitais e unidades de saúde em Goiânia. Muitas vezes, os pacientes são obrigados a esperar por horas em corredores lotados, sem a devida privacidade e conforto. Além disso, a escassez de equipamentos e materiais médicos adequados compromete o diagnóstico e o tratamento dos pacientes, colocando em risco a vida de muitos deles.

Diante desse cenário preocupante, a população tem recorrido cada vez mais aos planos de saúde privados, que oferecem um atendimento mais rápido e de qualidade. No entanto, nem todos os moradores de Goiânia têm condições de arcar com os altos custos desses planos, o que acaba acentuando as desigualdades sociais e de acesso à saúde na cidade. A saúde pública, que deveria ser um direito de todos, acaba se tornando um privilégio para poucos.

Diante desse quadro, é urgente que as autoridades competentes tomem medidas efetivas para melhorar a saúde em Goiânia. É necessário investir na capacitação e valorização dos profissionais da saúde, na ampliação da infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde, e na disponibilização de medicamentos e equipamentos médicos em quantidade suficiente. Somente assim será possível garantir um atendimento digno e de qualidade para todos os moradores da cidade. A saúde não pode ser tratada como um privilégio, mas sim como um direito de todos.

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