Governo de Goiás garante transparência ao projeto de concessão e modernização do Serra Dourada

Governo de Goiás garante transparência ao projeto de concessão e modernização do Serra Dourada

O Governo de Goiás deu mais um passo rumo à concessão e consequente modernização do Estádio Serra Dourada ao realizar, nesta segunda-feira (06/05), audiência pública na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). A agenda teve como objetivos dar publicidade ao projeto de reestruturação do complexo esportivo, garantir transparência às articulações entre o poder público e a iniciativa privada e permitir a participação popular por meio de sugestões e críticas apresentadas ao Grupo de Trabalho (GT) que idealizou as mudanças no estádio.

O vice-governador Daniel Vilela, coordenador do GT, e o deputado estadual Wagner Neto, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), conduziram a audiência, que contou ainda com participação do líder do Governo, Talles Barreto. “Este é um projeto ousado, necessário e considerado prioritário para o governador Ronaldo Caiado”, disse Daniel logo na abertura dos trabalhos.

“Estamos diante de um modelo que prevê intervenções físicas no Serra Dourada a ponto de permiti-lo receber grandes eventos. É algo extremamente inovador e que não vai afetar as características originais do estádio, uma grande joia arquitetônica da nossa capital”, afirmou o vice-governador. Em seguida, ele destacou que o futuro Distrito de Esporte, Entretenimento e Lazer – nome que será dado ao espaço após a conclusão das obras – sediará jogos, atividades esportivas, de lazer, feiras de negócios, um centro gastronômico e também ofertará inúmeros serviços à população.

A apresentação do projeto foi extremamente rica em detalhes. O ponto alto foi a divulgação, às dezenas de pessoas que lotaram o auditório da CCJ, dos chamados aspectos técnicos e econômico-financeiros, divididos em “Infraestrutura e Acesso”, “Tecnologia e Segurança”, “Lounges e Camarotes”, “Manutenção e Estética”, “Imprensa e Comunicação” e “Capacidade, Conforto e Acessibilidade”. Os investimentos a serem feitos exclusivamente pela iniciativa privada, da ordem de R$ 272 milhões, também foram esmiuçados.

Secretário de Estado da Administração (Sead), Sérvulo Nogueira destacou durante a audiência pública que áreas adjacentes ao estádio que enfrentam problemas fundiários já foram devidamente regularizadas pelo Governo Estadual. “O concessionário terá total segurança jurídica ao investir aqui”, enfatizou. “Muito em breve nós vamos entregar algo digno ao povo goiano”, completou o secretário de Estado de Esportes (SEEL), Rudson Guerra.

Ainda que a audiência tenha sido realizada nesta segunda-feira, os goianos têm até o dia 13 de maio para contribuir com a proposta de concessão e modernização do equipamento esportivo ao acessar o site www.goias.gov.br/esporte.

Próximos passos

Em fevereiro, lembrou Daniel Vilela, a Progen S.A. foi escolhida como a empresa que apresentou a melhor proposta de modernização do Serra Dourada – ela foi a responsável pela reconstrução do Estádio Pacaembu, em São Paulo (SP) –, incluindo também a reforma do Ginásio de Esportes Valério Luiz de Oliveira, o Goiânia Arena, e do Parque da Criança.

A previsão é de que no segundo semestre deste ano seja lançado o edital e, posteriormente, feita a licitação para escolha da empresa que terá a concessão do complexo esportivo por 35 anos e que, por tabela, estará à frente das obras com base no projeto formatado pela Progen S.A. O contrato deve ser assinado em 2025, ano em que o Estádio Serra Dourada completa meio século de vida. “Seria um grande presente para este cartão-postal do nosso estado”, sublinhou Daniel.

O processo de transformação do Estádio Serra Dourada e dos demais equipamentos públicos ao seu redor no Distrito de Esporte, Entretenimento e Lazer tem se viabilizado graças a um esforço conjunto entre Vice-Governadoria, Goiás Parcerias e as Secretarias de Estado de Esporte e Lazer (SEEL) e de Administração (SEAD) e da Geral de Governo (SGG).

Além dos titulares daquelas Pastas, também participaram da audiência pública Selene Peres Peres (Economia); Armando Vergílio (Relações Institucionais), Rafael Arruda (Procuradoria-Geral do Estado) Francisco Júnior (Codego); e parlamentares.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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