Governo de Goiás inicia obras para mais 800 vagas no sistema penitenciário

Governo de Goiás inicia obras para mais 800 vagas no sistema penitenciário

O Governo de Goiás, por meio da Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP), iniciou a construção de mais 800 vagas para o sistema penitenciário do Estado, nas cidades de Caldas Novas (Região Sul) e Formosa (Entorno do Distrito Federal). Os dois canteiros de obras ficaram prontos em julho e as ordens de serviço foram assinadas na última sexta-feira (2/8). O investimento do poder público estadual é de R$ 84,2 milhões – R$ 42,1 milhões em cada unidade prisional regional.

A previsão é que as obras durem seis meses. Serão 400 vagas em cada unidade, edificadas no modelo “moldado in loco”. Esse sistema permite a moldagem de paredes com uma espécie de tela metálica, fabricada no local onde a construção está sendo executada, garantindo mais agilidade aos trabalhos.

“O sistema penitenciário goiano ficou mais de 20 anos sem investimentos em estrutura, abandonado. A partir de 2019, com a entrada do governador Ronaldo Caiado, já empregamos mais de R$ 300 milhões em obras. Temos, em andamento, diversos investimentos em reformas e construção de unidades, em todas as regiões do estado”, revela o diretor-geral de Polícia Penal, Josimar Pires.

Essas 800 vagas se juntam a outras 2.050 que serão abertas no sistema penitenciário goiano até abril de 2025. Somente no Complexo Prisional Policial Penal Daniella Cruvinel, em Aparecida de Goiânia, são 1,6 mil vagas, distribuídas da seguinte forma: 800 na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG) e outras 800 na Casa de Prisão Provisória (CPP). A inauguração está prevista para setembro.

Na Unidade Prisional Regional de Novo Gama, no Entorno do DF, são mais 300 vagas, com previsão de entrega para abril de 2025. E mais 150 na ampliação do Presídio Estadual de Anápolis, com inauguração estimada para dezembro deste ano. Todas essas melhorias totalizam investimento de aproximadamente R$ 223 milhões do poder público estadual.

“Vamos suprir, de maneira considerável, o déficit de vagas no sistema penitenciário goiano”, afirma Josimar Pires. “Sem falar que estes presídios estão sendo construídos com tecnologia prisional de última geração, com concreto de altíssima resistência e automação dos sistemas de distribuição hídrica e de iluminação para as alas de carceragem”, emenda.

Complexo Prisional

A ampliação da CPP e da POG, no Complexo Prisional, estão com as obras bastante adiantadas. Nos dois módulos serão construídas, além das 1,6 mil vagas, celas coletivas, celas de triagem, parlatórios e galpões de trabalho (dois em cada unidade), com 249 metros quadrados cada. As celas terão trancas aéreas (para que o policial penal não tenha contato com os presos). Não haverá pontos de energia nas celas.

Novas vagas no sistema penitenciário de Goiás

Ampliação da Penitenciária Odenir Guimarães
Quantidade de vagas: 800
Investimento: R$ 54,1 milhões
Andamento da obra: 98,69%
Previsão de entrega: Agosto de 2024

Ampliação da Casa de Prisão Provisória
Quantidade de vagas: 800
Investimento: R$ 55,1 milhões
Andamento da obra: 94,61%
Previsão de entrega: Setembro de 2024

Ampliação do Presídio Estadual de Anápolis
Quantidade de vagas: 150
Investimento: R$ 12,4 milhões
Andamento da obra: 33,26%
Previsão de entrega: Dezembro de 2024

Construção da Unidade Prisional Regional de Caldas Novas
Quantidade de vagas: 400
Investimento: R$ 42,1 milhões
Andamento: Instalação do canteiro de obras
Previsão de entrega: Março de 2025

Construção da Unidade Prisional Regional de Formosa
Quantidade de vagas: 400
Investimento: R$ 42,1 milhões
Andamento: Instalação do canteiro de obras
Previsão de entrega: Março de 2025

Construção da Unidade Prisional Regional de Novo Gama
Quantidade de vagas: 300
Investimento: R$ 17,8 milhões
Andamento: 82%
Previsão de entrega: Abril de 2025

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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