Governo de Goiás inicia restauração da Igreja São João Batista, no antigo Arraial do Ferreiro

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), já iniciou a restauração da Igreja São João Batista, situada no antigo Arraial do Ferreiro, na cidade de Goiás. A obra terá serviços de revisão do altar-mor, forros, pisos, sistemas elétricos, acessibilidade, entre outras intervenções necessárias. Com investimento de R$ 1,5 milhão do Tesouro Estadual, a previsão é que o trabalho seja finalizado até abril de 2024.

“Preservar nossos edifícios históricos é preservar a cultura goiana já que estes locais não representam apenas um espaço físico, mas são guardiões da nossa memória, tradições e manifestações culturais, e ainda atraem grande quantidade de fiéis que precisam de condições dignas para exercerem sua fé”, ressalta a secretária da Cultura, Yara Nunes.

Tombado como Patrimônio Histórico em 1953, o templo religioso é significativo. A capela localiza-se no antigo Arraial do Ferreiro, zona rural, hoje desaparecido, distante aproximadamente 10 km da cidade de Goiás. A igreja é uma construção em taipa de pilão e telhado em telha de barro canal, da segunda metade do século XVIII. A igreja foi construída em 1761 pelo tenente José Gomes e foi a segunda a ser erigida na província, após a Matriz de Sant’Ana, na cidade de Goiás.

A igreja passou por uma reforma em 2012 com serviços de revisões nas bases das fundações e alvenarias, reconstrução do muro do cemitério, troca de reboco e recuperações de piso. O imóvel recebeu também um novo anexo com diversos banheiros e um depósito para materiais de limpeza, copa e varanda integrados com a paisagem da igreja. Porém, devido à falta de manutenção desde a entrega da reforma até os dias de hoje, o imóvel bem como o cemitério e o anexo encontram-se em mal estado de conservação, necessitando de reparos urgentes.

Fé, Religiosidade e Devoção

A obra faz parte do projeto Fé, Religiosidade e Devoção da Secult e conta com investimento de R$ 18,5 milhões para restaurações de 10 igrejas em todo o Estado: Igreja de Nosso Senhor do Bonfim (Pirenópolis), Igreja do Nosso Senhor do Bonfim (Silvânia), Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (Jaraguá), Igreja de São José (Mossâmedes), Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Luziânia), Igreja de Nossa Senhora Aparecida (Aparecida de Goiânia), além das igrejas Nossa Senhora Aparecida, Santa Bárbara, São João Batista do Arraial de Ferreiro e a Catedral de Sant’Ana, na cidade de Goiás.

História

Construída em 1761 pelo tenente José Gomes, fica localizada numa região próxima à cidade de Goiás. Esta região ficou famosa pelos europeus como terra desconhecida e habitada por indígenas. Na busca pelo ouro, os bandeirantes desbravaram os sertões brasileiros em missões arriscadas. Ao longo do Rio Vermelho, surgiram diversos núcleos de garimpo de ouro, originando outras povoações nas proximidades, que hoje se encontram em ruínas como Ouro Fino, Ferreiro, Barra, Anta e Santa Rita.

O Arraial do Ferreiro foi o primeiro da região, mesmo com poucos registros. Segundo historiadores, em 1824 existiam 105 casas em ruínas e uma capela dedicada a São João Batista. Atualmente, existe apenas a igreja e o cemitério. A população é formada pelos moradores da área rural.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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