Governo de Goiás institui órgão de proteção à mulher

 “Muito precisa ser feito para coibir a violência contra as mulheres, mas estamos no caminho certo” afirma presidente do Conselho de Segurança da Mulher, Flávia Fernandes.

O Órgão de proteção a mulher foi instituído nesta sexta-feira (22), na solenidade de comemoração do aniversário de 31 anos do Conselho Comunitário de Segurança (CONSEG) e posse do Conselho de Segurança da Mulher. A entidade buscará mecanismos e fiscalizará as políticas públicas voltadas para a defesa dos direitos femininos.

“Manter a comunidade próxima das forças policiais é fundamental para continuarmos derrubando a criminalidade”, afirmou o secretário de Segurança Pública, Irapuan Costa Júnior.

Em seu discurso, o secretário – que representou o governador José Eliton -, destacou que a presença dos CONSEGS em todos os municípios goianos tem auxiliado, de forma decisiva, na definição de prioridades na segurança pública. “É uma ponte que liga a sociedade aos órgãos de segurança, que nos ajuda a articular a comunidade e prevenir questões que podem resultar em crimes”, disse.

Na solenidade, também foram entregues carteiras funcionais aos presidentes dos CONSEGS de todo o Estado. No total, são 341 unidades formadas por voluntários, que trabalham na integração da comunidade com autoridades policiais. “Unidos, formamos um grupo forte. Ao lado das forças policiais, estamos trabalhando pela melhoria constante da qualidade de vida da população”, ressaltou o presidente do CONSEG do Setor Jaó, Agostinho Pires dos Reis Júnior, que falou em nome dos demais dirigentes.

Ao ser empossada como presidente do Conselho de Segurança da Mulher, Flávia Fernandes elogiou o empenho do Governo de Goiás em ações de proteção ao público feminino. “Muito precisa ser feito para coibir a violência contra as mulheres, mas estamos no caminho certo”.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp