Governo de Goiás investe na formação de mulheres na ciência e tecnologia

Programa Goianas na Ciência e Inovação incentiva empreendimentos inovadores liderados por mulheres

O Governo de Goiás investe na formação e inclusão de meninas e mulheres na ciência e tecnologia. Lançado no ano passado, o programa Goianas na Ciência e Inovação já certificou inúmeras jovens e conta hoje com 87 empreendimentos liderados por mulheres recebendo apoio e consultoria especializada.

Ainda neste semestre serão lançados quatro editais, com aportes de mais de R$ 3 milhões, destinados a atrair meninas para carreiras nas áreas de Ciências Exatas, Engenharias e Computação, além de apoiar a execução de projetos de pesquisa e extensão de mulheres nestas áreas.

Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás, José Frederico Lyra Netto explica que o programa goiano é pioneiro no Brasil. “Essa iniciativa, que era inédita nos moldes como atuamos, tem o objetivo de atrair crianças e adolescentes para a ciência, tecnologia e inovação, desenvolver universitárias e apoiar pesquisadoras e empreendedoras. Para isso, temos vários projetos e conexões que contam com a parceria fundamental do Goiás Social, coordenado pela primeira-dama Gracinha Caiado, além da Fundação de Amparo à Pesquisa de Goiás (Fapeg) e de outras secretarias para que tenhamos um estado mais igualitário nessas áreas.”

Objetivos da ONU

O Goianas na Ciência e Inovação é uma iniciativa que condiz com os objetivos da Organização das Nações Unidas (ONU) em relação ao tema no mundo. A ONU fixou, em 2015, o 11 de fevereiro como Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências com o objetivo de chamar atenção para a necessidade de mais equidade de gênero na área.

Dados de 2023 mostram que, do total de 406 matrículas ativas na graduação em Ciências da Computação na Universidade Federal de Goiás (UFG), por exemplo, 86,7% eram de estudantes do gênero masculino e apenas 13,3% do gênero feminino. Este cenário, comum nessas áreas, era visto também em todas as outras graduações de Tecnologia da Informação da UFG: em Sistemas de Informação, mulheres eram 11,3%; em Engenharia de Software, 13,5%; e em Inteligência Artificial, 17,1%. Nas engenharias, as mulheres representavam 32% das matrículas ativas na graduação naquele ano.

Em 2023, justamente com o foco em despertar o interesse por tecnologia, a Secti disponibilizou turmas exclusivas para meninas e mulheres em cursos de Informática Básica, Robótica, e Montagem e Manutenção de Computadores. Quase 200 alunas foram certificadas. Neste ano as turmas exclusivas serão ampliadas, destinando 50% das vagas oferecidas também a meninas de 8 a 18 anos, além das vagas dos cursos oferecidos para mulheres.

Na parte de empreendedorismo inovador, o programa oferece, por meio das Escolas do Futuro de Goiás, consultoria especializada e ambiente para o desenvolvimento de empreendimentos liderados por mulheres. Os projetos passam por um período chamado de pré-incubação, onde as empresárias recebem consultorias especializadas e cursos voltados para os seus negócios. No primeiro edital, 24 foram selecionados; no segundo, subiu para 87.

“Minha jornada começou por necessidade. Estava sem dinheiro para pagar as contas básicas e decidi empreender em um restaurante delivery”, conta a empreendedora Eline Mendes da Costa, uma das 87 selecionadas. Ela diz que soube do edital pelo jornal e se inscreveu. Agora, a expectativa é impactar a comunidade. “Quero dar o meu melhor”, frisa ela, que aponta como um dos principais desafios de seu negócio as finanças e a logística.

Editais

Com aporte de recursos de mais de R$ 3 milhões, até março deste ano serão lançados quatro editais dentro do Goianas na Ciência e Inovação. Serão três editais via Fundação de Amparo à Pesquisa de Goiás (Fapeg), voltados para projetos de pesquisa, projetos de extensão e outros com bolsas de iniciação científica. Além desses, via Hub Goiás, a Secti vai lançar um edital para fomento ao empreendedorismo inovador feminino, com recursos de R$ 500 mil.

 

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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