Governo de Goiás investe R$ 69 milhões no monitoramento de presos

Governo de Goiás investe R$ 69 milhões no monitoramento de presos

O Governo de Goiás conta agora com uma nova sede da Seção Integrada de Monitoração Eletrônica (Sime). A apresentação do novo espaço foi realizada pelo diretor-geral de Polícia Penal, Josimar Pires, ao governador Ronaldo Caiado, na tarde desta quarta-feira (06/03), no auditório Mauro Borges, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia. A Sime é responsável pela gestão do serviço de monitoração eletrônica do estado, que mantém vigilância à distância de pessoas submetidas a medida cautelar, condenadas por sentença transitada em julgado ou em medidas protetivas de urgência.

“Esse sistema de monitoramento é capaz de dar maior segurança às pessoas, às vítimas, bem como para nossos policiais, que vão ter que enfrentar aquele cidadão que não está cumprindo uma ordem legal”, destacou Caiado, ao falar das ações na área de segurança pública que garantiu a Goiás redução drástica nos índices de criminalidade. “É mais um investimento que vai dar resultado concreto”, completou o governador.

A Sime está localizada no Setor Oeste, em Goiânia. O novo espaço foi equipado com aparelhos modernos, inclusive um vídeo wall, tecnologia com telas digitais reunidas que são gerenciadas de forma centralizada e programadas para exibir informações.

Por meio desta estrutura, que funciona 24 horas por dia, os policiais penais podem acompanhar, em tempo real e com alta resolução, onde estão os custodiados, ocorrências e eventuais violações das medidas judiciais impostas aos presos sob vigilância. Além disso, a seção é encarregada pela distribuição de botões do pânico e tornozeleiras eletrônicas. O investimento estadual para a nova sede e aluguel dos equipamentos de monitoração eletrônica foi de R$ 69 milhões.

O diretor-geral de Polícia Penal, Josimar Pires, explica que o sistema também auxilia na fiscalização dos regimes penais. “Os regimes semiaberto e aberto encontram-se nesta monitoração eletrônica, o que facilitou o trabalho na redução da criminalidade do estado de uma forma geral”, pontuou. “Nesse fronte de fiscalização, a Polícia Penal de Goiás é destaque no país. O objetivo da segurança pública do estado é dar maior segurança ao povo goiano e o nosso objetivo é ter cada vez mais eficiência no trabalho das polícias e rapidez no atendimento à população”, salientou.

Reforço

Um dos destaques da atuação da Sime é realizar a entrega do botão do pânico para vítimas de violência doméstica e instalar tornozeleiras eletrônicas nos monitorados, conforme estabelecem as medidas judiciais. Goiás é o quarto estado no país em número de monitoração eletrônica – perde apenas para o Paraná, Mato Grosso e Ceará.

O número de custodiados com o equipamento e mulheres com botões antipânico vem subindo a cada ano em Goiás. Para se ter uma ideia, em 2018 eram 3.965 tornozeleiras eletrônicas ativas e 53 mulheres com o botão. Atualmente, são 7.890 monitorados com tornozeleiras e 423 mulheres com o antipânico. Além disso, a Polícia Penal de Goiás conta com a previsão de implementação de um aditivo contratual que expandirá a capacidade para 10.000 tornozeleiras e 625 botões do pânico no estado.

Para o secretário de Segurança Pública de Goiás, Renato Brum, o uso da tecnologia aliada a segurança pública só contribui para que as forças de segurança possam atuar com agilizadade em casos de violações de medidas judiciais. “Estamos dando condições para que as nossas polícias possam dar essa resposta rápida”, concluiu Renato Brum.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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