Governo de Goiás lança edital para apoiar negócios de impacto socioambiental positivo

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e do Hub Goiás, lançou, nesta terça-feira, 17, o primeiro edital dentro do programa Negócios Inovadores de Impacto Socioambiental (NIIS). O objetivo da iniciativa é fomentar negócios que solucionem ou reduzam, por meio da tecnologia ou da inovação, problemas socioambientais.

Ao todo, seis propostas receberão prêmios que variam de R$ 5 mil a R$ 60 mil. O edital é aberto para negócios de todo o país e as inscrições podem ser feitas por meio de formulário eletrônico no site hubgoias.org, de 17 de outubro a 8 de dezembro. “Esse programa foi definido como prioridade pelo governador Ronaldo Caiado, sob o entendimento de que é muito importante que Goiás consiga crescer de maneira sustentável. E a tecnologia e a inovação são essenciais para que a gente consiga alcançar este objetivo”, afirma o titular da Secti, José Frederico Lyra Netto.

O edital será subdividido em duas trilhas principais: a Ideação, para quem tem uma ideia de negócio de impacto; e a Tração, para empreendimentos ou startups que já têm modelos de negócio validado junto ao mercado e precisam de aceleração. “O propósito é estimular o ecossistema de inovação. Como critérios de seleção, vamos avaliar, por exemplo, qual será o impacto da proposta submetida e quantas regiões de Goiás poderão ser beneficiadas”, explica o superintendente do Hub Goiás, Leonardo Guimarães.

Ao todo, 20 projetos serão escolhidos e receberão ajuda de custo de R$ 1.150 mensal durante os meses de duração do programa. Os participantes terão direito ao uso da infraestrutura do Hub Goiás; receberão mentorias especializadas e apoio na conexão com potenciais parceiros, clientes e investidores; além de acompanhamento individual para diagnóstico da maturidade do negócio.

As atividades das trilhas de Ideação e Tração, assim como o dia de demonstração dos projetos para a banca avaliadora, serão realizadas somente de forma presencial, em Goiânia, na sede do Hub Goiás. Em caso de classificação, os selecionados devem arcar com os custos de deslocamento para participar das atividades obrigatórias.

 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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