Governo de Goiás lança o Sistema do Artesanato de Goiás

O governo estadual lançou, nesta terça-feira, 29, em Pirenópolis, o Sistema do Artesanato de Goiás (SAG). A proposta tem o objetivo de posicionar estrategicamente o artesanato goiano e conectar a cadeia produtiva e o mercado. Além disso, está prevista, também, a estruturação do Centro de Referência do Artesanato de Goiás (Cerart-GO), que vai funcionar onde atualmente é a Casa do Turismo, em Goiânia.

Segundo a coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais, primeira-dama Gracinha Caiado, Goiás é referência no artesanato. “O caminho para a retomada econômica, educacional e social, que estamos construindo, não se resume a apenas uma estratégia. Nossa meta é cuidar das pessoas e fazer do nosso Estado uma referência na vida de cada um que vive aqui”, afirmou Gracinha durante solenidade na unidade local da Universidade Estadual de Goiás (UEG).

Iniciativa protagonizada pela Secretaria da Retomada, o SAG é uma ação integrada de governo, que reúne a Goiás Turismo, a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e as secretarias de Desenvolvimento e Inovação (Sedi) e de Cultura (Secult). Além da implantação do sistema e do Centro de Referência do Artesanato de Goiás, está prevista a criação de uma certificação, o Selo do Artesanato Goiano.

As leis que definem o SAG e o Conselho Estadual do Artesanato serão enviadas para votação na Assembleia Legislativa nos próximos dias. O conselho será responsável por gerir o Sistema e não terá nenhum custo para o Estado, já que não haverá remuneração aos integrantes. Goiás possui hoje cerca de 9 mil artesãos, com produção em todas as regiões goianas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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