Governo de Goiás lança programa em busca de soluções digitais para serviço público

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e do Hub Goiás, lançou na manhã desta quarta-feira, 30, o Programa GovTech, a primeira iniciativa de inovação aberta do Estado para que startups desenvolvam soluções inovadoras para o setor público. O objetivo do programa é alcançar, por meio da tecnologia, ciência e inovação, soluções inovadoras para os desafios enfrentados por órgãos governamentais.

Na primeira etapa, o GovTech será voltado para Saúde, Educação e Administração, em parceria com as secretarias dessas áreas. O titular da Secti, José Frederico Lyra Netto, ressalta que o propósito da iniciativa é melhorar o atendimento e a entrega de serviços aos cidadãos. “A ideia desse programa de inovação aberta é usar toda a inteligência coletiva que está na sociedade. Nossos servidores são muito bons, mas entendemos que a sociedade também pode ajudar com essa inovação”.

O superintendente do Hub Goiás, que é administrado pelo Porto Digital, Leonardo Magalhães, apresentou os detalhes do programa que vai selecionar as startups com as melhores soluções a partir de critérios como: o potencial de resolução do problema, a capacidade de execução da equipe, o grau de desenvolvimento da solução e a comparação em relação às opções concorrentes de mercado. Ao final do processo, poderão ser selecionadas até 12 propostas.

As inscrições estão abertas até o dia 29 de setembro e as startups interessadas devem acessar o site hubgoias.org para submeter as propostas. O resultado da primeira seleção será divulgado no dia 20 de outubro e as propostas selecionadas seguirão as próximas etapas do programa. Podem concorrer no programa startups de todo o país, que receberão um aporte para desenvolver as soluções na fase inicial, e podem ser contratadas pelas secretarias de Goiás para implementar a tecnologia desenvolvida.

Ao todo foram levantados 12 desafios enfrentados pelas secretarias participantes do projeto. As soluções devem dar mais rapidez aos processos administrativos, facilitar o acesso dos cidadãos aos serviços públicos, implantar melhorias no atendimento à população e resolver questões latentes, como criação de ambientes mais seguros, combate às falsas informações em saúde (fake news) e à evasão nas escolas.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp