Governo de Goiás promove palestras para de combate ao abuso e à exploração sexual

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), promoveu nesta quinta-feira, 18, no Palácio Pedro Ludovico, palestras para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. O público alvo foram os jovens do programa Aprendiz do Futuro. Os temas foram o cenário cibernético, bem como os seus riscos, situações de violência, prevenção, denúncias e impactos na saúde mental.

 

O secretário da Seds, Wellington Matos, destacou que a data precisa ser entendida como um alerta. “Apesar de toda modernidade, dos avanços, diariamente temos notícias de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes. Como se combate isso? Com informação e ações”, afirmou. Ele destacou que o Governo de Goiás tem realizado seminários, conferências e capacitações a conselheiros tutelares, professores e servidores sobre o assunto.

 

A titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos, Marcella Orçai alertou que a exploração infantil também está presente no meio virtual, por isso, a importância de se orientar sobre o uso seguro da internet. “É essencial ter clareza de quando se é vítima, porque são situações cotidianas e, muitas vezes, o jovem está em uma teia de crime e ele nem tem consciência disso, até que chega um momento em que as coisas se complicam”, afirmou.

 

Já a policial civil e psicóloga Aliciana de Freitas, da Delegacia da Criança e do Adolescente de Aparecida de Goiânia, destacou que mesmo com as informações e o trabalho das forças policiais, crianças continuam expostas a situações de violência. “Apesar de já estarmos falando sobre esse tema, de ter um dia específico, os índices de crianças que sofrem abusos sexuais ainda são muito altos. É preciso pensar sobre isso, falar sobre fatores de risco para junto com a polícia, com outros agentes, encontrarmos maneiras para proteger nossas crianças e adolescentes”, avaliou.

 

Data

 

O 18 de maio foi escolhido como Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes em alusão ao caso da menina Araceli, no Espírito Santo, ocorrido neste mesmo dia, em 1973. Aos 8 anos, ela foi sequestrada, violentada e assassinada. Os responsáveis não foram punidos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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