Governo de Goiás prorroga prazo de adesão ao programa Negocie Já

O Governo de Goiás anunciou a prorrogação do prazo de adesão ao programa de regularização fiscal Negocie Ja até 20 de dezembro, abrangendo dividas de ICMS, IPVA e ITCD contraídas até junho de 2023. Esta decisão foi tomada após a aprovação do projeto de lei em votação definitiva na Assembleia Legislativa na manhã desta quinta-feira, 24.
 
A prorrogação atende à sugestão da Federação das Industrias de Goias (Fieg) e do Fórum de Entidades Empresariais, que argumentaram que muitos contribuintes não conseguiram aderir ao programa devido a dificuldades financeiras e outros impedimentos econômicos. O prazo original de adesão terminaria em 28 de outubro, próxima segunda-feira.
 
Além de estender o prazo de adesão às Leis no 22.571 e no 22.572, que permitem a negociação de débitos com descontos em multas e juros — até 99% de desconto para pagamento à vista –, a proposta do governo também amplia o prazo de adesão à Lei no 22.935. Esta lei trata da convalidação de incentivos e benefícios fiscais, cujo prazo original terminaria em 19 de novembro.
 
O secretário da Economia, Servulo Nogueira, avalia que a prorrogação permitirá que um maior número de empresas e contribuintes regularize suas dividas. O programa tem sido um sucesso, com mais de 166 mil adesões até o momento, o que levou o governo a ampliar essas oportunidades de regularização, destacou. Até agora, já foram negociados cerca de R$ 3,7 bilhões em débitos, dos quais R$ 1,21 bilhão foram pagos à vista, correspondente a 229 mil autos de infração.
 
O gestor ainda ressalta que a Lei no 22.935, que trata da convalidação de incentivos fiscais, também precisa ter seu prazo de adesão ajustado para coincidir com o Negocie Ja. Isso permitirá mais tempo para os interessados regularizarem suas situações. O contribuinte que utilizou incentivos fiscais sem cumprir as exigências legais poderá, com a convalidação, não apenas regularizar sua situação, mas também usufruir dos benefícios do Negocie Ja, como redução de multas e juros, além da possibilidade de parcelamento do crédito tributário, destacou.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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