Governo de Goiás realiza 180,6 mil cirurgias eletivas em pouco mais de um ano

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, realizou no período de janeiro do ano passado a março deste ano 180.637 cirurgias eletivas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado. Os dados da SES apontam que ocorreram 165.430 novas solicitações e que em maio último a fila chegou a 74.957, com uma redução de 66,73% na lista de espera. Em julho, a secretaria realizará um novo mutirão de cirurgias eletivas, que irá beneficiar 870 pacientes no estado, com cirurgias gerais, vasculares e ginecológicas de média complexidade.

No Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos (Hetrin) já foram iniciados os procedimentos de preparação dos 330 pacientes que passarão por cirurgias no local. O mutirão também será realizado no Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), no Hospital Estadual de São Luís de Montes Belos Dr. Geraldo Landó (HSLMB) e no Hospital Estadual de Jataí Dr. Serafim de Carvalho (HEJ).

O secretário da Saúde de Goiás, Rasível Santos, considera importante a realização do mutirão para agilizar ainda mais o atendimento à população, já que diariamente surgem novas solicitações. Ele atribui o avanço nas intervenções cirúrgicas no Estado à decisão do governador Ronaldo Caiado de incentivar o empenho de gestores e profissionais de saúde de Goiás na execução do Programa Nacional de Redução de Filas (PNRF). Além disso, contribuiu significativamente para o resultado da estruturação do Sistema Estadual de Regulação de Cirurgias Eletivas (Regnet), pela SES, escolhido pelo Ministério da Saúde (MS) como projeto-piloto para o país.

Parceria

Quando o Programa Nacional de Redução de Filas foi lançado pelo governo federal, em 2023, o Estado de Goiás firmou parceria com os hospitais privados e ampliou o programa para 40 municípios goianos. O Sistema Regnet organizou uma fila unificada com os municípios, registrando o número de pacientes em espera.

“Por meio do sistema Regnet, a SES-GO avançou no gerenciamento das filas de cirurgias eletivas, permitindo que o processo de regulação dos procedimentos seja realizado digitalmente, em tempo real, no hospital”, enfatiza o secretário Rasível Santos. Ele destaca que o sistema foi elogiado pelo Ministério da Saúde. “O Regnet possibilitou a identificação e definição dos pacientes distribuídos nos 246 municípios goianos, de forma simples e eficiente, por meio do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems)”, ressalta.

Ao todo, o governo federal destinou R$ 20 milhões para a realização dos procedimentos cirúrgicos pelo programa em Goiás. O Governo do Estado concedeu mais R$ 20 milhões, direcionando todo o recurso para a realização das cirurgias nos municípios.

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Pastora condenada por simulação de suicídio e plano funerário: veja detalhes do crime

Plano funerário e simulação de suicídio: veja pontos que levaram pastora a ser
condenada pela morte do marido

No julgamento, pastora negou ter cometido o crime, em Bela Vista de Goiás. Ela
foi condenada a 15 anos de prisão.

Pastora Sueli Alves dos Santos Oliveira é suspeita de matar envenenado o
marido José Maria em Bela Vista de Goiás — Foto: Montagem/de

Condenada a 15 anos de prisão por matar o marido
envenenado, a pastora Sueli Alves dos Santos Oliveira, de 44 anos, fez um plano funerário,
se colocando como única beneficiária da vítima, e simulou o suicídio do marido,
relatou o promotor de Justiça André Lobo Alcântara Neves durante o julgamento.
Esses são alguns dos pontos que levaram à condenação da ré.

O de encontrou em contato com a defesa da
pastora, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Durante o julgamento, ela negou ter matado o marido.

Sueli era casada com o motorista José Maria Vieira de Oliveira. Na acusação
consta que o crime aconteceu em setembro de 2022, em Bela Vista de Goiás,
na Região
Metropolitana de Goiânia. Na
audiência de custódia, que converteu o flagrante em prisão preventiva, a juíza
descreveu a pastora como ‘fria’ e ‘indiferente’
ao permanecer com o corpo da vítima dentro de casa.

Responsável pela acusação, André Lobo relembrou que, em depoimento, Sueli
afirmou que saiu de casa na véspera da morte do marido e encontrou o corpo dele
ao retornar para casa na manhã do dia seguinte. No entanto, a polícia conseguiu
colher provas que desmentiram a versão dela.

Durante o julgamento, a pastora negou ter matado o marido, apesar de um
histórico de agressões físicas, pontuados pelo Ministério Público. Para rebater,
o promotor de Justiça apresentou provas, que resultou na condenação dela.

Mesmo com um histórico de agressões, a defesa da acusada tentou contestar as
acusações. No entanto, o juiz Lázaro Alves Martins Júnior acolheu os argumentos
da acusação e condenou Sueli a 15 anos de prisão em regime inicialmente fechado
por homicídio qualificado. A pastora já está presa e não poderá recorrer da
sentença em liberdade.

Resumo dos pontos que levaram à condenação da pastora, conforme o MP-GO:

– Plano funerário: A pastora contratou um plano funerário para o marido e se
colocou como beneficiária, antes do crime ocorrer.
– Beneficiária da vítima: Ao se colocar como beneficiária do plano funerário, a
pastora demonstrava interesse financeiro na morte do marido.
– Simulação de suicídio: A pastora alegou que o marido havia cometido suicídio,
mas as evidências apresentadas em julgamento derrubaram essa versão.
– Histórico de agressões: A pastora possuía um histórico de agressões físicas
contra o marido, o que, aliado aos outros pontos, fortaleceu a tese de que
ela teria interesse em matá-lo.

Pastora Sueli Alves dos Santos Oliveira é suspeita de matar envenenado o
marido José Maria em Bela Vista de Goiás — Foto: Montagem/de

RELEMBRE O CRIME

Na época, Sueli foi presa pela Polícia Civil, mas negou o crime e alegou que o
marido teria cometido suicídio para incriminá-la. Ela relatou para a corporação
que encontrou o corpo de José na residência do casal.

À polícia, um parente da vítima contou que a pastora havia feito um plano
funerário para o marido e a colocou como beneficiária, o que levantou suspeitas
sobre a premeditação do crime.

Durante a investigação, uma perícia preliminar atestou que a causa da morte foi
envenenamento. Vizinhos do casal relataram à polícia que Sueli e José estavam em
processo de separação e que ela havia agredido o marido fisicamente na noite do
crime.

De acordo com a polícia, o homem chegou a registrar as agressões em fotos, mas
Sueli teria resetado o celular para apagar as evidências. Em mensagens
encontradas no celular de Sueli, ela demonstrava interesse nos bens do marido em
caso de morte dele.

Na ocorrência policial consta o depoimento de um casal de vizinhos que afirmou
ter acolhido José, que estava com medo de ser morto pela esposa. A vítima
relatou ter sido agredida por Sueli e que ela o pressionava a entregar metade de
seus bens.

Os filhos de José também prestaram depoimento, informando à delegada que Sueli
já havia tentado matar o ex-marido em Brasília e que, por esse motivo, tinha
contato com eles proibido.

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