Última atualização 16/08/2023 | 08:53
O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Habitação (Agehab) e da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), sorteou nesta terça-feira, 15, 27 casas a custo zero do programa Pra Ter Onde Morar – Construção, em Damolândia. O processo contou com a participação de 99 famílias habilitadas, entre as quais também foi formado o cadastro reserva.
A trabalhadora rural Vera Lúcia Ferreira Ramos, de 54 anos, foi uma das sorteadas. “Para quem nunca teve nada, estou muito feliz de saber que tenho um teto para morar com meus filhos”, comemorou Vera, emocionada. O marido dela, Reginaldo Ramos, também se emocionou. Ele lembra que sempre morou em fazenda de outras pessoas, pulando de um lugar a outro. “Já tentei comprar pelo menos um lugar para fazer um barraco, mas nem isso consegui. Agora teremos um canto para a gente ver a vida melhorar”, completou Reginaldo.
Participaram 99 famílias habilitadas. Além das 27 sorteadas, as demais foram classificadas em cadastro reserva. O presidente da Agehab, Alexandre Baldy, explica que isso é feito porque após o sorteio as famílias têm que comprovar com documentos que atendem os requisitos do edital, entre eles renda familiar de até 1 salário mínimo e morar na cidade há pelo menos 3 anos. “O processo é rigoroso para garantir que recebam as moradias as famílias que mais precisam”, ressalta.
Os beneficiários que eventualmente não comprovarem requisitos declarados na inscrição cedem a vez para as classificadas no cadastro reserva. “As moradias saem sem nenhum custo para as famílias. Isso graças à parceria das prefeituras, que entram com terreno e infraestrutura no bairro. Por isso, o processo passa por várias etapas”, observa o secretário da Infraestrutura, Pedro Sales. Ele lembra que cada unidade habitacional custa em média R$ 127 mil para o Governo de Goiás. Em Damolândia, o investimento soma mais de R$ 3,4 milhões.
Trata-se de um trabalho voltado para mudar vidas como a do serralheiro Romério Quirino Barreto, de 37 anos. Ele sofreu recentemente um Acidente Vascular Cerebral (AVC). “Quase morri, cheguei a ser reanimado, perdi a metade do pé, mas eu sabia que Deus tinha planos para mim”, diz ele, que não conteve as lágrimas. “Hoje o coração bateu mais forte. Eu nunca tinha sentido uma emoção como essa na vida. Com a casa própria, vou ter mais qualidade de vida”, antevê.