Governo vai fornecer internet a 789 famílias em assentamentos rurais

Governo de Goiás vai beneficiar 789 famílias que vivem em assentamentos rurais com internet

O Governo de Goiás, por meio do programa Goiás Social, vai beneficiar com conexão de internet via satélite 789 famílias que vivem em assentamentos rurais. A ação conta com investimento de R$ 1,2 milhão, oriundo do Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (Protege), e será executada pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), com coordenação do Gabinete de Políticas Sociais, comandado pela primeira-dama Gracinha Caiado. A previsão é que os equipamentos sejam instalados até o final deste mês.

Alguns dos objetivos da iniciativa, que conta com parceria da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), são facilitar a utilização de ferramentas básicas de tecnologia e ampliar a inclusão digital. Os assentados terão acesso livre à internet na região com antena instalada (até 200 metros) para uso pessoal, profissional e educacional, uma das metas do Governo de Goiás.

De acordo com a subsecretária de Ciência, Tecnologia e Inovação da Sedi, Sheila Pires, faz parte ainda do projeto, intitulado Internet Satelital, a oferta de cursos profissionalizantes de capacitação on-line. “Nosso propósito é desenvolver e ampliar a capacidade de comercialização de produtos e serviços por meio das redes sociais”, afirma.

Ao todo, serão disponibilizados nove cursos: Introdução às ferramentas digitais; Fotografia para mídias digitais; Marketing digital; Canais de vendas; Gestão de custos e formação do preço de venda; Noções de e-commerce; Logística para e-commerce; Cultivo na produção de hortaliças; Cultivo na produção de mandioca; Manejo de animais; Boas práticas no processamento de hortaliças e Boas práticas no processamento de mandioca.

Dos 17 pontos de internet previstos em 16 municípios, três já estão prontos: nos assentamentos rurais Palmares, em Varjão; 17 de Abril e Patativa do Assaré, ambos em Faina. Os outros municípios contemplados são Água Fria de Goiás, Alvorada do Norte, Caçu, Cavalcante, Colinas do Sul, Flores de Goiás, Formosa, Guarani de Goiás, Monte Alegre de Goiás, Orizona, Panamá, Santa Rita do Araguaia, Varjão, Vila Boa e Vila Propício.

Equipamentos

Em cada assentamento, serão instalados um modem e uma antena Wi-Fi com velocidade máxima de download de 40 Mbps e velocidade máxima de upload de 4 Mbps. O serviço de internet é da Telecomunicações Brasileiras S/A, a Telebras.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp